Meu encontro com os mestres de Monte Shasta.
Parte 6. O olho de Hórus
Para se entender o contexto da peregrinação a Shasta é importante continuar recordando algumas experiências pessoais que me fizeram pender para esse lado místico-espiritual.
O curso de Reiki que fiz com Maria Emília foi bastante agradável, uma iniciação leve. Quando quis fazer o segundo nível, ela me indicou Márcia, sua mestra. Procurei-a, me inscrevi.
Aquele nível tinha uns símbolos japoneses envolvidos. É um pouco difícil explicar, mas grosso modo são energias sutis que podem ser ativadas por gestos, palavras, intenções.
Cético, até hoje não entendo como isso opera, mas sei que todas as vezes que desafiei tais energias saí perdendo; os acontecimentos me revelavam que as intenções se manifestavam.
O reiki me trazia tranquilidade. Fiz vários cursos, tive várias iniciações em diversas linhas.
Na iniciação, o discípulo senta-se e fecha os olhos enquanto a mestre “abre seus chacras”, ativa seus centros de energia. Estava ansioso para ver um espírito ou uma luz, ouvir uma voz. O método era japonês e envolvia símbolos, portanto esperava também ver algo escrito em caracteres.
Bem, de olhos fechados não se vê nada. Mas se prestar alguma atenção, algumas luzes ou algo do gênero “dançam” sobre o fundo escuro. Foi aí que “vi” algo. Não era japonês. Parecia um daqueles olhos egípcios. Era o olho do deus Hórus. Achei aquilo estranho, era para ser algo japonês. Mas não. Era egípcio.
Vamos resumir. Estava separado, tinha batido o carro, um doutorado em andamento e não conseguia definir a linha da tese.
Foi então que, num ponto de ônibus, me veio a imagem daquele olho e um fluxograma completo. Era a tese, que escrevi e defendi em seis meses. O nome do trabalho foi “Modelo Hórus”. Está na internet para quem quiser ler.
Não duvidava mais das coisas do além. Por isso quis ir a Shasta.
Escrevi para Carmen, perguntando se havia alguma mensagem. Ela respondeu: “vá e sinta”.
E assim fui.