Meu encontro com os mestres de Monte Shasta.
Parte 29. Compras na cidade
A cidade de Mount Shasta é pequena e bonitinha.
Uma rua comercial com dois ou três quarteirões, mas três para cima e três para baixo. Uma periferia de casinhas e alguns edifícios sei lá de que.
Parei no centrinho e saí andando. Entrei na primeira loja, que vendia principalmente pedras. Eram rochas do mundo inteiro, mas de Shasta mesmo somente uns três pedaços de pedra pome. Olhei tudo em volta, comprei uns postais, perguntei uns preços, fui simpaticamente atendido, nada mais. Grande parte do comércio estava fechado para um longo almoço. Era segunda-feira e provavelmente os turistas tinham ido embora ou talvez nem chegado por causa do fogo. Os artigos nas vitrines eram de bom gosto regra geral. Gostei muito de algumas estátuas da deusa chinesa da compaixão Kwan Yin, a mesma que havia me saudado em 2005.
Entrei numa loja grande de artigos esotéricos. Tinha de tudo, mas tudo era caro. Olhei bastante, tomei coragem, comprei umas lembrancinhas e puxei papo com uma velhinha hippie, daquelas que trombaram com a Janis.
- A Sra conhece os lugares sagrados de Mount Shasta?
Ela não sabia muito, mas chamou sua colega, com cuja idade regulava. Repeti a pergunta, dizendo que tinha estado em Pluto's Cave. Ela me disse que o lugar mais forte de lá era Panther Meadows, subindo a trilha da montanha até metade da altura ao pico.
Já havia pesquisado e marcado no mapa Panther Meadows. Pensava em ir para lá mas tinha um pouco de receio de ficar encurralado por incêndios florestais.
Ela me disse assim:
- Peça antes permissão.
- Para quem? - perguntei
- Você vai saber - retrucou ela.
- É alguém físico, um ser humano de carne e osso? Tem alguma cerca, algum muro lá? É propriedade privada?
- Não tem cercas. Pode ser físico, pode não ser. Mas se não te deixarem você não chegará lá - foram suas últimas palavras.
Gostei muito e fiquei extremamente curioso.
Parti rapidamente para Panther Meadows, subindo o mesmo caminho que havia feito 13 anos atrás.