Parte 45. O vórtice

18 0 0
                                    

Meu encontro com os Mestres de Mount Shasta

Parte 45 O vórtice

Terminado o trabalho, aluguei um carro e parti para as ruínas de Tulum. Era um percurso de menos de uma hora, que daria para fazer tranquilamente e seguir um pouco mais adiante, rumo ao interior, para as ruínas de Cobá. Foi o que fiz. Junto com um colega russo, Andrei, seguimos para nosso passeio turístico.

 Junto com um colega russo, Andrei, seguimos para nosso passeio turístico

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

Andrei não acredita nessas coisas.  Leciona e faz pesquisas nos Estados Unidos sobre "big data" e mudanças climáticas. É um estudioso do comportamento humano e sua relação com as mídias sociais. Utiliza-se de programas de computador que capturam informações em grande quantidade - como dados de sítios sobre viagens, de operadoras de celular, de microblogs e de literatura científica online. Um enorme volume de palavras e números é então reclassificado, revelando aspectos de comportamento. 

Andrei, em minhas palavras, é um sensitivo do mundo virtual. Mas é cético. Não se deixa levar pelo meu misticismo. Dou-lhe razão, mas pedi para explicar meu ponto de vista pelas lentes da semiótica. Como exemplo, citei um ensaio que gosto muito, de um tal de Roland Barthes, sobre a luta livre. Sem me estender muito, o autor mostra que aquele teatro que se desenrola nos ringues é muito semelhante a situações da vida real, como a política. Os que assistem sabem que é simulado, mas mesmo assim torcem, em verdadeiras catarses. Sendo assim, concluo, o simulado se torna real e vice versa. Andrei concordou. Tem muita experiência em fake news, idéias preconcebidas e vetores psicosociológicos.

Chegamos a Tulum para admirar as pirâmides, as paisagens litorâneas de tirar o fôlego e os incontáveis e pacíficos iguanas, animais considerados sagrados para os maias

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

Chegamos a Tulum para admirar as pirâmides, as paisagens litorâneas de tirar o fôlego e os incontáveis e pacíficos iguanas, animais considerados sagrados para os maias. Não vi fantasma nenhum e nenhum vórtice me abduziu.

 Não vi fantasma nenhum e nenhum vórtice me abduziu

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

Seguimos então para Cobá, a noroeste. No meio da selva, uma enorme catedral de pedra se impõe sobre os poucos turistas. Achei-a maravilhosa, de uma energia extraordinária. Mas não vi nenhum fantasma. Abismado com aquele lugar, o Andrei me pediu um tempo e se retirou. O russo cético sentou-se ao lado da pirâmide e se pôs a meditar. 

Acho que o vórtice atingiu a pessoa errada.

Acho que o vórtice atingiu a pessoa errada

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
Meu encontro com os Mestres de Mount ShastaOnde histórias criam vida. Descubra agora