Parte 30. Panther Meadows

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Meu encontro com os mestres de Monte Shasta.

Parte 30. Panther Meadows

Tomei a estrada que sobe o Monte Shasta. Pouco a pouco fui reconhecendo o percurso, o mesmo que havia feito no inverno 14 anos atrás. Começam as curvas, os pinheiros vão ficando maiores e mais próximos, aparecem as sequóias, a estrada se estreita, as curvas se tornam mais fechadas.

Agora em pleno verão a neve estava apenas na região próxima ao pico. A estrada não assustava do mesmo jeito que no inverno, mas não deixava de ameaçar por conta dos riscos de incêndios fora de controle. Não haveria por onde escapar. Aliás, antes de viajar pesquisei sobre uma eventual escalada ao cume e a principal recomendado era "não espere ser resgatado". Os locais tinham nomes sugestivos como Avalanche Canyon, que não estavam lá só para assustar.

A subida era mais fácil. Reconheci o local onde dei meia volta anos atrás: um posto de guardas-parques com uma cancela. Passei direto e subi bem além num trecho agora inédito.

Surgiram as primeiras placas e logo parei à beira da estrada em Panther Meadows

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Surgiram as primeiras placas e logo parei à beira da estrada em Panther Meadows. Situado a cerca de 2400 metros de altitude, é um dos mais antigos locais sagrados do Monte Shasta, reverenciado por diversas tribos mas em especial pelos Wintun que até hoje ali se reúnem . A nascente superior é chamada de Boca de Deus, que dá origem ao rio McCloud. A nascente inferior é considerada fluindo desde o coração da montanha.

Há vários relatos de encontros com seres extraordinários, de dentro da montanha, elementais, alienígenas e -  lógico - mestres ascencionados. O lugar é conhecido por ter uma energia de outro mundo que proporciona transformação e purificação, abrindo portais desconhecidos na consciência de quem vai até lá. O ecossistema local é extremamente delicado: gramíneas, flores, arbustos e árvores pedem por reverência a cada passo. Muitas pessoas contribuem para reverter pegadas, sujeira e outros impactos nas trilhas. No início de julho, a pradaria é comparada a uma mãe com seu bebê recém nascido. O guia de locais sagrados que comprei na cidade de Mount Shasta diz explicitamente: se o espírito não está te chamando para visitar aquele lugar em particular, não vá, procure outro para meditar ou fazer piquenique. Grupos não podem ser comerciais ou ter mais de 10 pessoas.


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Meu encontro com os Mestres de Mount ShastaOnde histórias criam vida. Descubra agora