Até que chega o momento em que o ceticismo não traz mais as respostas necessárias.
A vida se torna extremamente monótona, material. Trabalha-se para gastar em templos chamados de shoppings, venerando deidades chamados de empreendedores.
Na intimidade, uma pequena tela recria relações. Amigos são contados aos milhares em redes, onde se mendigam endossos. Em nome de uma falsa privacidade, opiniões e atitudes são estereotipadas. Cenários e situações são pasteurizados, sentimentos são ridicularizados, opiniões fora do espectro são repelidas. Não precisar trabalhar é sinal de sucesso. Ser ocupado e manifestar-se por figurinhas também. Todos sabem que é assim mas não abandonam o padrão.
Ninguem se arrisca.
Ou quase.
Há aqueles que um dia pedem para a sorte lhes trazer um cisne na noite.
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