Quando Park Jimin voltou para Busan após passar o ano todo no internado no qual frequentava em Seul tudo que ele almejava eram alguns dias com a mente livre do futuro mirabolante que tinha pela frente. Pegou sua bicicleta, há muito esquecida na garagem da mansão do pai, e se dirigiu, através das ladeiras estreitas típicas da sua cidade natal, para uma pequena cafeteria que havia por ali. Queria algo para se refrescar do calor.
Não sabia, no entanto ninguém em mesma situação que a sua, que aquele dia mudaria completamente a sua perspectiva sobre as férias. Assim, como Jungkook não imaginava o que lhe esperava quando começou mais um de seus habituais dias de trabalho no Café Min. Afinal, quem diria que pessoas tão diferentes, de mundos tão distintos, com suas mentes diferentes e seus corações diferentes, que iriam cair no clichê de um amor da primeira vista. Mal sabiam, que ao soar do sino da porta de entrada do estabelecimento, eles se tornariam mais um daqueles casos de verão que querem se estender para as demais estações do ano e não podem por algum motivo clichê. Afinal tudo neles era clichê.
Park Jimin era filho de umas das famílias mais ricas da Coréia, seu pai era o presidente da maior holding do país: uma empresa que era dona de outras empresas e que as administrava financeiramente. O Senhor Park era divorciado da Senhora Park que era uma renomada médica que vivera a vida inteira lutando contra a fome, doenças virais e a AIDs nos países mais pobres da Ásia e do mundo inteiro.
Jeon Jungkook, era um rapaz simples, natural de Busan, havia passado a vida toda na cidade, trabalhava de meio período no café do seu melhor amigo Min Yoongi para poder ajudar sua mãe nas despesas de casa. Não havia tido uma vida fácil, era filho de mãe solteira num país extremamente machista, mas ainda sim sonhava grande: queria uma bolsa de estudos na Korean Internacional University para cursar gastronomia.
Jimin se sentou distraidamente, naquele dia, numa mesa perto da porta de vidro que dava para o oceano, voltou seus olhos fixamente para a imensidão azul e lembrou-se do porquê amava tanto o lugar onde havia sido criado, onde havia nascido. Pois Busan era um paraíso, era linda, tinha cheiro de mar e barulho de ondas. Deixou-se ficar inerte em si mesmo até ouvir a voz mais doce e melódica que já havia passado por seus ouvidos, até sentir um cheiro doce de creme de confeiteiro de baunilha.
- No que posso ajudar? - ele havia perguntado e Jimin automaticamente olhou-o e simplesmente perdeu o fôlego: ele era lindo, simplesmente tão estonteante quanto o mar de Busan. E foi ali que tudo começou de verdade.
- Algo gelado - falou o Park encarando fixamente o garoto a sua frente, tinha medo de desviar o olhar e ele evaporar como uma miragem.
- Refrigerante? Suco? Água com limão e gelo? - tentou Jungkook oferecendo as opções, o garoto bonito a sua frente não parecia muito bem, estava de boca aberta na sua direção, talvez fosse o calor.
- N-não - falou Jimin finalmente pegando o pequeno cardápio encima da mesa e lendo-o rapidamente - Hmm, chá gelado, por favor - pediu.
- OK - respondeu Jungkook anotando o pedido numa comanda e pondo em sua mesa - Volto num instante.
E ele realmente voltou, absurdamente rápido, com um dos chás gelados mais gostosos que o Park já havia tomado, era inclusive, melhor que o chá que havia tomado em uma de suas visitas a Inglaterra, contudo, para a sua infelicidade, não conseguiu falar novamente com o garoto bonito pois o dono do lugar havia o mandado para fazer algo fora e terminara de lhe atender. A última coisa de perguntou, ao deixar os wons responsáveis pelo pagamento da bebida no caixa, para o homem que conseguia ler no crachá o nome de Yoongi, foi:
- Qual o nome do garoto que me atendeu aquela hora? - O moreno com cara de poucos amigos apenas arqueou a sobrancelha e disse com sua voz grave:
- Jungkook.
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He's not your son - JIKOOK
FanfictionQuando engravidou, acidentalmente, de Park Jimin o herdeiro de uma família rica com quem vivia um romance de verão, Jeon Jungkook o simples atendente de uma cafeteria em Seul decidiu terminar o relacionamento, mas não a gravidez. Quatro anos depois...