Querer

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Era tão estranho liberar a si mesmo da empresa tão cedo a ponto de ainda ver o sol se por no horizonte alaranjado de Busan, só fazia isso quando estava muito cansado ou fechava algum negócio, Jimin geralmente saía de seu escritório - também conhecido por bloco de concreto, apelidinho dado gentilmente por Taehyung - quase onze horas da noite, era quase sempre um dos últimos a sair. Mas havia combinado com Jungkook que passaria no café para ver o filho e que ele lhe mandaria uma mensagem avisando quando o pequeno estivesse de volta da creche.

Por mais que tivesse visto o menino no dia anterior, aquilo lhe havia deixado extremamente ansioso, era como se dezenas de borboletas voassem em seu estômago a cada metro em que dirigia em direção ao café, estava um dia quente, iria adorar beber um pouco de chá e apreciar a companhia do menino.

Estacionou e andou rapidamente para a porta do estabelecimento, afrouxou a gravata ao abrir a porta e foi recepcionado pelo ar frio do ar condicionado e pelo cheiro de grãos de cafés moídos, agradecia por sair do calor e por poder pedir algo para comer, afinal não havia almoçado ainda. Ao ver Mark, o garçom que o atendera da últimas vezes em que estivera ali, passar em sua frente com uma bandeja cheia de lattes gelados, não pode deixar de se perguntar se as pessoas que trabalhavam ali sabiam agora quem ele era para aquele pequeno menino sentado na mesa brincando com um Jung Hoseok sorridente. Ficou sério, não havia ido muito com a cara daquele advogado, e não gostava da intimidade que Taeyang parecia ter com ele. Podia admitir que estava com ciúmes.

- Oi, Taetae - disse ao se aproximar por trás da guarda da cadeira do menino que deu um pulinho surpreso e em seguida virou sorridente para o homem gritando pelo Tio Ji e chamando a atenção de alguns cliente no local que sorriam pela demonstração de afeto.

- Olá, Park - cumprimentou Jung de maneira formal.

Jung Hoseok era uma pessoa muito doce, meiga e gentil, contudo, era superprotetor com a família que tinha, por isso tinha um pé atrás com Jimin, p CEO olhou para baixo e sorriu para o menino doce que agarrava a barra de seu paletó com os dedinhos pequenos por isso abaixou seu tronco e beijou a testa coberta pelos fios negros dele, logo tendo seu quadril envolto parcialmente pelos braços curtos do garotinho, levou uma de suas mãos as costas dele e a outra estendeu para o homem a sua frente, esse fora um costume adquirido depois de tanto tempo no exterior, não conseguia se controlar.

- Jung - respondeu meio seco, o ciúmes de Hoseok, era tanto com sua criança, quanto com o seu homem, era maduro o suficiente para assumir isso. Repreendeu-se automaticamente, Taeyang de fato era sua criança, mas Jungkook não era seu.

Hoseok conhecia muito pessoas como Jimin, havia sido criado no meio delas, sua família era da mesma forma, botavam os negócios e o número de zeros em sua conta bancária como prioridade, com certeza não faria bem aos Jeon. Suspirou. Teria que conversar com Yoongi, seu namorado que andava incrivelmente distante naqueles últimos dias, para que os dois pudessem cortar o mau que aquele mauricinho era pela raiz. 

Olhou sério para o homem a sua frente e torceu o nariz bonitinho que tinha.

- Eu vou chamar o Jungkook - proclamou e se levantou deixando Jimin embasbacado e raivoso para trás: teriam que se acostumar pois iria passar muito tempo perto de Taeyang nos próximos meses, anos e décadas.

...E consequentemente passaria muito tempo perto de Jungkook, seus pensamentos completaram o raciocínio enquanto ele sentava ao lado do seu menininho e o via tagarelar infindavelmente sobre waffles, caldas, morango e chocolate. Esperava que desse tudo certo com o convívio entre ele e Jeon. 

Suspirou pesado: pensaria naquilo outra hora, pois aquele momento era só dele e do seu pequeno ursinho polar coreano.

[...]

He's not your son - JIKOOKOnde histórias criam vida. Descubra agora