He's not your son - JIKOOK

Sabor chiclete

"-QUÊ?"

Para Seokjin aquele cara era um provável maluco que perseguia criancinhas, afinal, como mais ele saberia tudo aquilo sobre o filho de Jungkook?

- Você por acaso não teria uma foto de seu filho, teria? - perguntou amistoso precisava saber se aquele homem estava perseguindo o adorável Taeyang, seu paciente e amiguinho de escola de sua Jisoo. Jimin estava confuso com tudo aquilo, mas achou legal a ideia de chamar abertamente Taeyang de filho para alguém, já que normalmente ele era só um amigo de Jungkook que gostava muito do menino e que brincava com ele no café, ninguém sabia que ele também era pai do menino, ao menos não ainda.

Sacou o celular do bolso e abriu a galeria de fotos mostrando a mais recente que havia tirado era de duas semanas atrás quando ele e Jungkook foram buscar o menino na escolinha e enquanto o mais velho fora buscar comprar algo para comerem eles brincavam no balanço. Era uma imagem meio desfocada, mas era de um momento feliz e por isso ele mostrou ao médico. Jin analisou a imagem por um tempo e determinou que sim, Jimin era a porra de um stalker de seu amigo e do filho, afinal, aquela foto era muito suspeita, pelo menos ao ver da sua mente meio paranoica.

- Quem é você? Stalker maldito!!! Tirando foto assim das pessoas, seu cretino, eu vou te processar e o Jungkook também - falava Seokjin enquanto agredia Jimin com sua mochila cheia de documentos pesados e objetos duros.

Park não entendia ao certo o que estava acontecendo ali só sabia que num momento estava de pé tomando porradas de um cara que berrava o chamando de stalker e no outro estava deitado no chão de barriga para baixo com esse mesmo indivíduo - pesado diga-se de passagem - sentado sobre sua costas o imobilizando enquanto tentava se soltar. Estava amargamente arrependido de ter conhecido Kim Seokjin, o cara que é doido e que vai te chamar de stalker por ter uma foto do próprio filho no celular.

- Jungkook? - falou ele e Jimin imaginou que estivesse no celular deixando o empresário chocado pelo fato de que ele conhecia seu ex-namorado e pela primeira vez depois de todo aquele tempo lembrou-se da pequena Jisoo ao olhar para ela percebeu sua naturalidade em lidar com o surto do pai: ela bebia tranquilamente um suquinho de uva sentadinha em um cadeira dentro da sala de segurança da loja e tinha uma vista privilegiada de todo o ocorrido - Oh, me desculpe interromper a reunião da escola. De novo o assunto sobre o dia dos pais? É, bom, sobre isso eu estava fazendo compras com a Jisoo quando ela sumiu...Não...Sim...Tudo bem com ela agora, ele está linda tomando um suquinho orgânico. Eu não daria conservantes á minha princesinha linda, você sabe - e Jimin continuava sendo o banco para o papo de compadres - O problema é que esse cara loiro oxigenado que tem fotos suas com o Yang no celular dele e ele tá dizendo que é o pai do Tae. Eu estou sentado sobre ele. OK, vou esperar você chegar - e assim ele aparentemente havia desligado a chamada.

- Cara, você vai me deixar aqui até o Jungkook chegar? - interpelou o empresário chocado, afinal, as pessoas passavam assustadas olhando aquela cena tão incomum em um dia normal em Busan.

- Sim, até o Jungkook chegar, e fica quietinho aí antes que eu te vire e amasse seus ovinhos.

Jimin suspirou resignado e se permitiu culpar a famosa lei de Murphy por todas as merdas que estava vivenciando naqueles últimos tempos: primeiro havia o fato de que era pai, e Jungkook era o pai de seu filho, e aí brigar com Jungkook a ponto de envolver seus advogados no meio e para piorar não iria comprar a cortina que tanto queria. A vontade que preenchia seu ser era a de sair gritando em desespero, afinal, a única conclusão possível era a de que o universo odiava-o com todas as suas forças, que eram muitas por sinal.

A pele de sua barriga estava dormente contra o frio do piso, mesmo coberta pela camisa e ele se perguntava o porquê de Jungkook demorar tanto até que a imagem de um par de coturnos pretos lustrosos entraram em seu campo de visão estando a um palmo da mão.