Taeyang ressonava baixinho com a cabeça no ombro de Jimin que, após o pequenino ter cochilado junto do pai, resolveu levá-lo para sua caminha, o rostinho parecia se encaixar perfeitamente no ombro do mais velho que fungava nos cabelos macios em busca de mais cheiro de bebê. Andou até o fim do corredor do quarto de Jungkook e viu uma porta branca com uma guirlanda cheia de ursinhos marrons com o nome de seu filho, provavelmente aquela era uma peça remanescente do quarto que era dele quando bebê.
Abriu a portinha com cuidado e adentrou o espaço deparando-se, ao acender a luz, com um quarto verdinho cheio de estampas de dinossauros, caixas de brinquedos organizadas de forma atrapalhada, móveis branquinhos e um cavalete com folhas brancas A3 e o que parecia ser um cestinho de giz de cera perto de uma janela adornada com cortinas brancas. O ar daquele ambiente carregava cheiro de talco de bebê que provavelmente vinha da caminha bem feita, dos ursos nas prateleiras e das roupinhas no guarda roupas, era tudo excepcionalmente bem cuidado, ao mesmo tempo em que as pequenas porções bagunçadas revelavam a criança feliz que dormia ali.
Jimin suspirou ao ajeitar seu filho na cama e durante o processo ficou pensando se deveria arrumar um dos quartos de sua casa para que fosse do menino, talvez devesse arranjar um para Jungkook, não haviam discutido como seria o mês que passariam juntos, mas presumia que isso englobasse os três. Mas Taeyang certamente iria precisar de um lugar aconchegante para dormir, e Jungkook também, provavelmente, iria querer ter um tempo apenas para si. Park suspirou novamente ao fechar a porta atrás de si, eram muitas coisas para pensar.
[...]
- Você acha que vai demorar muito para ter um calombo? - perguntou Yoongi deitado esparramado no sofá para Taehyung que lavava a louça do almoço.
- Um calombo onde? - respondeu desentendido.
- Na minha barriga - reclamou Yoongi - Será que o grão vai demorar para crescer?
Taehyung e Yoongi haviam começado uma amizade surpreendentemente rápida e íntima, conversavam muito sobre o bebê, Yoongi ficou tão encantado pela maneira como ele falava sobre bebês, fraldas e coisas de grávidos, mesmo sendo bem opostos seus santos bateram rapidinho, afinal, todos que amavam seu grão eram bem-vindos, esse era o lema de Yoongi. E ele realmente gostava da maneira como o Kim se portava, era responsável e divertido ao mesmo tempo.
- Ele vai crescer no ritmo dele, para de cobrar a criança, Yoongi - falou o Kim, seu ar era risonho e ele continuava esfregando as panelas.
- É só que eu quero muito ter uma pança gigante e saber se o grão é O grão ou A grão - suspirou. Yoongi era um ansioso nato, sempre fora, não tinha como mudar, principalmente sobre isso, queria logo parir o filho ou filha e tê-lo nos braços. Mesmo que o gênero não importasse tanto assim se o Min Grão decidisse que precisava adequar seu gênero Min Yoongi estaria lá.
Não importava para o que fosse, ele estaria lá.
- Yoongi - chamou depois que um breve silêncio havia se instaurado no recinto, Yoongi continuava com a camisa levantada olhando para sua barriga branquela como se a qualquer momento ela fosse ficar gigantesca - Você fez com o pai do grão o mesmo que o Jungkook fez com o Jimin? - perguntou num tom meio cabisbaixo, sabia o quanto o fato de não ter tido participação na criação do filho maltratava Jimin, não queria que ninguém passasse pelo mesmo e ele até então não sabia do paradeiro do pai do filho do outro, Yoongi suspirou e no fim respondeu.
- Não, eu não sou o doido do Kookie - falou com um tom rabugento, ter que acabar com Hoseok daquela maneira e por aquele motivo o deixava cabisbaixo, mas se sentia bem em contar para aquele cara bizarro que insistia que aquelas roupas que usava eram moda e não pijamas, não é porque é da Gucci, que é roupa de andar na rua, Taehyung tinha um brilho reconfortante e peculiar que o fazia se sentir acolhido e bem o suficiente para se abrir - O Hoseok, pai do grão e meu ex, sempre deixou bem claro que não queria filhos, apesar de que eu sempre deixei bem claro o contrário. Eu precisei tomar antibiótico por conta de uma infecção na garganta, só que o médico não me avisou que cortava o efeito da pílula e eu tinha um relacionamento estável, poxa, nós não usávamos camisinha, e aí, o grão foi gerado e ele disse que eu tinha que fazer o aborto que ele sempre deixou bem claro que eu devia fazer em casos assim. Ele chamou o nosso filho de "caso assim", como se ele fosse um nada. Mas eu não quis abortar, disse que não ia declarar filho dele, que ele ia ser meu, só meu. Eu terminei com ele. O grão é minha produção independente, eu sou duplamente pai dele, é isso. E, sim, eu sei que estou numa baita merda, porque terminei com meu namorado e vou ter um bebê que um dia vai querer a droga do pai.
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He's not your son - JIKOOK
FanfictionQuando engravidou, acidentalmente, de Park Jimin o herdeiro de uma família rica com quem vivia um romance de verão, Jeon Jungkook o simples atendente de uma cafeteria em Seul decidiu terminar o relacionamento, mas não a gravidez. Quatro anos depois...