Capitulo 04

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Gostava de fazer serviços domésticos, mas a minha verdadeira paixão era cozinhar. Amava ver a felicidade dos meus filhos e de meu esposo quando preparava algo. Mas a correria era tanta que às vezes não conseguia, quase nunca conseguia. E às vezes preparava algo, colocava alguma roupa para lavar, para ajudar Sirlei. A casa era grande demais para ela cuidar sozinha, queria contratar alguém, mas nunca gostávamos da mulher, sempre tinha alguma coisa que não me agradava. Então por isso ajudava.

Peguei uma camiseta de Luan, estava no chão e separada das outras, senti o perfume de meu esposo e me senti boba. Quando fiz menção de coloca-la na maquina, vi uma mancha de batom. E, não era meu. Meu coração golpeou e eu gelei, tremi. Quis gritar com ele, bater e descontar a raiva que começava a sentir.

Apertei a mesma e sai da lavanderia, irritada, brava e louca para tirar satisfações. AAh, se fosse de alguma mulherzinha, mataria ele. Se fosse por um ato de traição, Luan esqueceria como seria sentir desejo por outra mulher. Que ódio! Que raiva!

-Vou matar o Luan! – Resmunguei, irritada.

-O que houve? –Perguntou Sirlei.

-O desgraçado do Luan. Vou matar ele – Gritei e subi as escadas, Sirlei caminhava atrás de mim, preocupada – Luan! – Vociferei – LUAN.

-O que Lorena? – Ele vociferou de volta, também irritado.

-Quem é a vagabunda?

-Quem?

-Eu que te pergunto– Joguei a camiseta na cama e parei em frente a Luan, fazendo questão e querendo olha-lo.

O sangue percorria com mais densidade, meu coração batia com muita velocidade. A minha respiração estava entrecortada. A irritação estava tomando conta de mim.

-De quem é esse batom? –Ele olhou para a camiseta e depois para mim – Quem é a vagabunda Luan? – Gritei e saltei na cama, batendo nele. A raiva era tanta que tinha vontade de chorar, bater e morder Luan.

-Para. Posso explicar – Luan tentou segurar em meus punhos, o que me irritou ainda mais, bati mais.

-Explica logo – Falei e parei de batê-lo. Ele segurou em meus punhos e riu –Não ri!

-Lola eu posso explicar.

-Eu vou te matar, você e a vagabunda – Ele riu ainda mais –Não tem graça Luan.

-Tá com ciúmes?

-Não – Gritei.

-Lola é só uma mancha de batom.

-Uma mancha de batom que eu não fiz!

-Se acalma Lola e me deixa explicar.

-Explica logo! Espero que seja boa a sua desculpa.

-São as minhas fãs, amor.

-Não me chama de amor – Continuava gritando.

-Amor.

-Cala a boca.

-As meninas são baixinhas e acabam sujando a minha camiseta.

-Mentira Luan Rafael, nunca vi isso na minha vida.

-Lola a Sirlei quase me mata todo o mês por causa dessas manchas – Cruzei os braços e olhei para a porta, a mulher passou e eu a chamei.

-As camisetas de Luan – Falei e ofeguei, trancando o choro e a dor na garganta – Sempre tem marca de batom? – A mulher franziu o cenho e deu de ombros, adentrando o nosso quarto e pedindo a camiseta.

Amando sem parar/ LuanSantana/CONCLUÍDOOnde histórias criam vida. Descubra agora