Capítulo 17

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Luan

Era meu aniversario de 32 anos, estava feliz por comemorar com minhas negas, porém por outro lado me sentia triste, estava longe da minha família.

Estava fazendo um show, concentrado e vidrado com o que as minhas fãs me faziam sentir. Elas eram parte de mim. Começava a tocar o toque da musica TE VIVO, respirei fundo, compenetrado. O toque parou, fazendo ecoar apenas o silencio. As luzes foram apegadas, h avistei a palavra PAI no telão.

Meu coração disparou, esperei que Marcia aparecesse com a nossa filha. Já estava tremendo, ansioso, emocionado. Por fim, a voz melosa e doce de Nicole soou.

-Me pareço tanto com você, olhando dá pra ver, seu rosto lembra o meu. Desde o primeiro aniversário, o primeiro passo sempre pronto pra me defender, sempre que brigou comigo, pra eu não correr perigo m herói pronto pra me salvar. E com você eu aprendi todas lições, eu enfrentei os meus dragões, só depois me deixou voar.

Ao ver minha filha cantar eu me emocionei, levei meus dedos sobre meus olhos e chorei, silenciosamente, sentia sua voz se aproximar de mim. Levantei o olhar, abaixei minha mão e vi as fotos que passavam no telão. Lancei meu olhar para Nicole, que estava cantando para mim, emocionada, linda de forma delicada e doce, sentia amor em seus olhas e em sua voz.

Me aproximei de Nicole e cantamos juntos, estava feliz, emocionado, encantado. E só sabia sentir amor por minha filha.

-Mas eu só quero lembrar, que de 10 vidas, 11 eu te daria – Cantei, a minha filha parou e me olhou, emocionada, chorando – Que foi vendo você, que eu aprendi a lutar, eu só quero lembrar antes que meu tempo acabe pra você não se esquecer. Que se Deus me desse uma chance de viver outra vez, eu só queria se tivesse você.

-Eu te amo – Disse Nicole, me abraçando e chorando.

Lembrei ao olhar para Nicole, era as férias de julho e ela estava comigo. Eu precisava daquilo, era de uma forma de pedir perdão a minha filha, havia afastado muito após o divorcio, após o nascimento de Emanuelle então, havia piorado.

Mais uma vez senti o arrependimento me embargar, meu peito ardeu em dor e me indaguei: Que tipo de pai eu era?

Ainda tinha tempo para Nicole me perdoar? 

Amando sem parar/ LuanSantana/CONCLUÍDOOnde histórias criam vida. Descubra agora