Penúltimo
Luan
Já era outubro, dia 16.
Estava com medo de abrir os olhos e tudo o que aconteceu na noite anterior, fosse um sonho. Sofreria demais se fosse, respirei fundo, sentindo o cheiro do quarto de Lorena, o lençol macio e gostoso, era da cama dela, eu sorri, feliz.
Lembrei dos toques de Lorena, seus gemidos, seus arranhões por toda a minhas costas e braços, era real! Eu estava extasiado! Ela era minha, de novo. Eu matei a saudade que estava me matando. O sexo foi gostoso, intenso, não queria ser bruto, mas não resistia o olhar safado dela.
Abri os olhos e olhei para a mulher ao meu lado, linda demais. Estava amando uma mulher maravilhosa e incrível demais, já não sabia viver sem Lorena. Eu sorri, estava feliz demais, o meu porto seguro estava comigo, a mulher que mais amei na vida e mais desejava, estava comigo.
Quis encher Lorena de beijos, estava tão feliz e arrebatado, por ela estar comigo. Eu não queria viver sem ela, sem a mulher que eu era louco e apaixonado.
Levantei, deixando Lorena dormiu, ouvi o choro baixo de Theo, pela babá eletrônica e fui.
Adentrei e o menino estava em pé no berço, chamando pela mãe, me aproximei e ele choramingou. Peguei Theo no colo, com o rastro de culpa, era o filho que eu tinha mais distancia.
Eu fiquei longe demais, me afastei, abandonei. Mas estava ali agora. Eu era fraco e falho, me ocupava demais com outras coisas e deixava quem realmente precisava de mim. Eu concertaria tudo, não deixaria Lorena e muito menos os meus filhos.
Dei o leite de Theo e fui para o andar debaixo quando ele terminou. Era domingo e estávamos sozinhos, sem Sirlei para fazer o café. Eu aproveitei para fazer as coisas para Lorena, estava feliz e queria que ela tivesse certeza.
Lorena era a minha grande metade, a minha maior parte! Era o meu porto seguro, era o meu refugio. Eu não existia sem ela, não sabia viver sem a mulher que eu mais amava. Ela era a minha base, a minha motivação e inspiração para continuar vivendo. Eu ansiava por tudo que vinha dela, mais que precisão, era necessidade.
Tudo em Lorena me encantava as suas carícias, sua voz, sua docilidade, seu amor tão forte e intenso, era linda até quando estava brava comigo ou até mesmo com as crianças. Tinha um coração enorme e bom, era uma mulher maravilhosa e encantadora.
Subi para o quarto, com a bandeja de café para Lorena, continha suco, torrada, danone, bolos e maça. Adentrei o quarto e não encontrei a mulher, periguei e coloquei a bandeja na cama. Desci e peguei Theo.
-Lola – A chamei, preocupado – Está tudo bem?
-Sim – Sua voz me preocupou, estava trêmula e falha.
-Lorena, abre a porta – Pedi, ainda mais preocupado.
-Já estou saindo – Novamente Lorena começou a tossir, ouvi um gemido de dor e logo um som de vômito.
-Lorena – Fui até porta e estava trancada – O que está acontecendo?
Lorena ficou em silêncio e fungou, choramingou e em seguida abriu a porta. De imediato senti o cheiro de vômito, forte.
Encarei a mulher, arqueando a sobrancelha, sem entender tudo.
-O que aconteceu?
-Estou bem.
-Você não está bem, Lorena – Ajeitei Theo e olhei para a mulher.
-É da quimioterapia – Lorena olhou a bandeja e sorriu, encantada – É para mim? – A mulher indagou, fugindo do assunto.
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Amando sem parar/ LuanSantana/CONCLUÍDO
RomanceTRILOGIA DO AMOR Após descobrir a nova amante de seu marido e ser deixada por ele, Lorena grávida e com seus dois filhos se vê obrigada a lidar com a separação dolorosa e os danos causados por Luan, sozinha educa e cuida dos filhos, Nicole e Breno...