Capítulo 29

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Senti a dor queimar o meu pescoço e eu resmunguei, acordando. Irritado logo de manhã, com a dor filha da puta. Olhei para o meu filho e o menino sorriu. Levantando de imediato.

-Bom-dia papai!

-Bom-dia.

Após perambular pela casa de madrugada, fui até o quarto de Breno. Todo decorado por fotos dele, da mãe e dos irmãos. Feliz, como se nada estivesse desmoronando. Havia afagado seus cabelos, com tanta saudade que não cabia em meu peito.

-Meu mulecão. Sei que eu não estou te dando o amor ou o carinho que você merece, desculpa. O pai te ama tanto – Choraminguei, baixo. – Você vai precisar tanto da sua mãe e de mim. Talvez se sinta sozinho, mas nunca vai estar. Sempre vou estar aqui, para você. Lembro de você todos os dias e todos os momentos da minha vida. Te amo tanto filho

-Cadê a mamãe?

-Ela está bem – Dei um leve sorriso para tentar convence-lo – Mamãe ficou no hospital, ficou um pouco doente e precisou ficar lá.

-Ela vai demorar? – Dei de ombros – Tô com saudade dela, papai.

-Eu também. Vem, vamos sair com o papai.

Dei um banho em Breno, logo em seguida, tomei também. Me apressei e acertei tudo com Jayne, Nicole ficou responsável de ficar com Theo e eu sai meu filho do meio.

Tomamos café no caminho e fui para a minha casa, fazer o que enrolava há muito tempo, pedir o divorcio.

-O que estamos fazendo aqui? – Indagou Breno, incomodado.

-Vim pegar umas coisas e falar com Marcia.

-Papai – Ele me chamou e apertou a minha mão – Não vai mais voltar para a casa? – Suspirei, sem saber o que responder.

Meu filho me olhava com esperanças, tudo para que voltasse a ser como era.

Eu almejava por aquilo.

-Bre, eu não sei.

-Porque?

-É complicado Breno.

-Você acha que a mamãe não te quer?

-Temos uma vida diferente agora, a sua mãe namora.

-O tio Junior? – Acenei com a cabeça – Ele é legal – O menino deu de ombros, sentando no sofá, brincando com o carrinho.

Estava tão focado em outras coisas, que não me dei conta de como o meu filho, estava triste.

-Luan? – Disse Carla, ao outro lado da linha.

-Pode falar – Respondi, me afastando de Breno.

-A Lorena está bem, está em observação. Mas ainda não pode receber visitas, apenas um acompanhante.

-Hoje e amanha eu fico com ela – Falei de imediato.

-Não precisa.

-Eu quero ficar com ela.

-Não precisa, eu e a Gabrielly ficamos.

-Eu insisto.

-Não é a sua obrigação.

-Não é, mas eu faço questão. Posso ficar com ela, hoje.

-Não precisa.

-A senhora deve estar exausta.

Amando sem parar/ LuanSantana/CONCLUÍDOOnde histórias criam vida. Descubra agora