Capítulo 50

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Thay 💫

Me sentei naquela cadeira de espera, com muita angústia e preocupação no peito.

Lya: Pelo amor de...- Olhei pra ela.

Thay: Lyara,independente de qualquer coisa, eu cresci lado a lado com a Manu, eu não tô dizendo que eu perdoeei ela e quando ela sair daqui, vamos virar melhores amigas novamente. Mas apesar de tudo o que ela fez, eu amo ela, mesmo com muito rancor dela, ela não vai ficar aqui sozinha.- Falei séria.- Quer ir embora,pode ir.

Lya:Estou esperando notícias do peixe.- Falou seca.

Lya as vezes é uma criança, sério!

Eu não aguento.

Eu tento falar as coisas certinhas pra ela entender da melhor forma.

Mas ela sempre distorce.

Mas esse não era o momento dos discussão.

Jú: Thayná.- Apareceu me puxando.-Eu preciso de você.

Thay: Com o que? - Falei nervosa.

Jú: Ajuda com a cirurgia da Manuela, não tem médico pra isso, eu sozinha não consigo.- Me empurrou pra dentro da sala.

Thay: Comigo é que não vai conseguir mesmo.- Falei olhando a Manu.

Os batimentos eram fracos, quase não existiam.

Jú: Sem você, ela morre.- Respondeu séria.- Eu sei que você consegue, por favor.

Respirei fundo.

Eu já tinha passado por esses testes na faculdade.

Mas com bonecos.

Que na maioria das vezes, eu "matei " os bonecos.

Imagina o que eu vou fazer com a Manu?

Calma, Thayná.

Você consegue!

{Peixe 🐟}

Caralho tio, eu fumei muito hoje.

Tô vento até meus pais, tipo um flash de tudo que aconteceu na minha vida.

Eu perdendo meus pais pras drogas, eu entrando no mundão.

Meu primeiro beijo com a Manu.

Caralho, nosso primeiro sexo.

Ela quicando.

Ela segurando minha mão, quando geral abandonou.

Ela do meu lado, quando nenhuma mulher me queria porque eu ainda não tinha grana.

....

Ela tomando um tiro do meu lado.

Minha Manu, eu preciso ver ela.

Meu corpo começou a formigar e a queimar, eu tentava abrir os olhos mas não conseguia.

Eu escutava alguns barulhos estranhos.

Tudo começou a ficar vermelho, como sangue.

Passou a cena da minha primeira morte, até a última.

Era torturante.

Quando eu achei que ia acabar, me vi atirando num menino.

Que parecia ter uns 10 anos.

Ele gritou "papai"

E eu atirei.

Quando ele caiu no chão,minha cabeça fez um barulho fino e irritante pra caralho, me fazendo abrir os olhos...

Coração VagabundoOnde histórias criam vida. Descubra agora