De 12h eu tava comendo na pensão com meus pensamentos longe.
Jonas voltou de 02h da tal festa.
Várias coisas chegaram ao meu ouvido e isso tá me tirando do sério.
Manu: Oi Thay.- Parou na minha mesa e sorriu.
Thay: Oi Manu.- Sorri de lado.- Se quiser sentar...
Manu: Tô esperando o Diogo, aquele infeliz.- Eu ri.- Vou esperar ele aqui.
Ela sentou na minha frente e começamos a conversar.
Thay: Você foi pra festa ontem?
Perguntei como quem não quer nada.
Manu: Fui mana, pq tu não foi também? Foi maravilhosa.- Sorriu.
Thay: O Jonas...- Ela me cortou.
Manu: Ah, entendi teu interesse. Mas pelo que eu vi pode ficar tranquila, eu cheguei na mesma hora que ele, várias já caíram por cima dele, mas eu puxei ele comigo, depois a gente sentou numa rodinha, só tinha macho. Eu era a única mulé.- Falou.- De 1h, ele se levantou dizendo que ia pra casa.
Ele chegou em casa de duas horas da manhã.
Thay: Entendi.- Balancei a cabeça.
Escutamos uma gritaria e olhamos pra porta, Peixe, Neguinho, Jonas e Fael tinham chegado.
Peixe: O mais lindo chegou.- Brincou sentando do lado da Manu.
Neguinho: Eu sou o mais gostoso.- Sentou na minha direita.
Jonas sentou na minha esquerda e veio me beijar, desviei dando um selinho rápido e contragosto.
Eu só espero que ele não tenha feito o que eu penso.
Thay: Cadê a Lya? - Olhei por Fael.
Fael: Trabalhando.
Thay: Esqueci que ela é a única que vai ter um futuro bom.- Revirei os olhos.
Manu: Ah, cala a boca Thayná. Tu é uma médica da porra, sabe que tem curso e tu já pode até voltar pra faculdade, não vai pq não quer.- Mandei dedo.
Mas era verdade, mas eu tinha que me estabilizar primeiro.
Arrumar minha casa, achar um emprego e depois voltaria.
Neguinho: Eu tô me sentindo um pouco excluido nesse meio de casais, tu também Fael, e aí...rola? - Brincou.
Fael: Teu cu, otário.- Respondeu mandando dedo.
Neguinho: É pá colocar lá mermo.
Eu ri alto.
Esse nego é uma verdadeira comédia.
Pedimos o almoço e Jonas me cutucou, olhei pra ele que me encarou como se quisesse descobrir algo.
Jonas: Qual foi?
Thay:Nada, tô com fome.- Desviei o olhar.
Ele bufou e tirou a mão da minha coxa.
Peixe: Não pode brigar porra, colfoi? - Olhou pra nós.
Thay: Eu tô com fome, apenas.
Jonas deu um sorriso de lado debochado e eu continuei na minha.
....
Jonas: Ela mandou nós vim desde o começo, mas eu não tinha tempo.- Entramos numa casa.
Ele pediu pra gente vim na Tiazinha de Deus.
Chegamos, falamos com ela e tudo.
Ela fez algumas coisas lá enquanto segurava nossas mãos e nos olhou.
Tina: o inimigo vai tentar separar vcs até a última. Vai surgir boatos, vão dizer mentiras sobre vocês, vão lembrar do passado de vocês, o povo vai dizer tanta coisa que vai ter momento que você vai pensar: será que eu estou fazendo o certo em continuar com essa pessoa? Mas isso tudo é a inveja alheia, daquele que vocês chamam de amigos! Não se separem,não briguem,é isso que o inimigo quer, ele fica feliz com a derrota de vocês. Se unam, seja mais amigos, conversem, se amem...Não deixem boatos estragar o relacionamento de vocês.
Eu já tava chorando né e o Jonas olhava firme.
Tina: Eu sei que tem uma coisa apertando seu coração, menina. A resposta da sua pergunta é não. A pergunta que você vem fazendo desde que se levantou, lembra? - Assenti.- Não se deixem levar.
Tina: Drogas e bebidas passam Jonas, teus parceiros são os primeiros à te abandonarem quando tudo cair,olha pro teu lado, vem quem tá fechando contigo todos as noites, quem te fortalece!
Tina: Conversem! Coloquem todos sentimentos pra fora, não deixem o inimigo vencer, o amor de vocês é mais forte,isso só depende de vocês. Não adianta sair daqui e colocar isso em prática hoje e amanhã tudo se desfazer, façam isso pro resto da vida de vocês.
Sentir um alívio percorrer pelo meu corpo.
Deitei a cabeça no ombro do Jonas e ele beijou minha testa.
Antes de nós saímos, ela chamou ele e disse algumas coisas.
Ele saiu me olhando estranho mas com um pequeno sorriso.
Montamos na moto dele e fomos pra casa...
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Coração Vagabundo
Teen FictionMeu pau no cu desses pau no cu E acende logo um baseado Sigo tranquilão, olha só que gloria Eu não ganhei e nem perdi, irmão Eu sou a própria vitória.