Capítulo 79

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Jonas: Te amo, nega.- Me beijou e depois beijou minha barriga.- Também te amo filha, já já o papai volta pra te falar como foi os bagulhos.

Thay: Vamos esperar, vai lá. Se cuida.- Ele sorriu.- Amo você.

Ele colocou o último pente no fuzil e abriu a porta.

As janelas daqui tinha uma espécie de proteção, você baixava o negócio que era tipo outro vidro e nenhum tiro passava.

Tranquei a porta e me sentei na cama.

Comecei a assistir tv, tava passando turma da Mônica.

Eu sou apaixonada.

Meu celular vibrava sem parar do lado, quando fui pegar, percebi que não era o meu.

O Jonas tinha deixado o celular.

Peguei o celular do mesmo, até pq já tínhamos intimidade pra isso.

Muitas vezes ele pegava o meu quando eu tava deitada e ficava bloqueando os meninos do meu Instagram.

Ficava vendo a galeria.

E várias outras coisas.

Assim como eu faço com o dele.

Minha digital na tava salva, desbloqueie e já tava aberto numa foto.

Minha digital na tava salva, desbloqueie e já tava aberto numa foto

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Aquilo não era eu e ele, com toda certeza.

Quer dizer, aquilo não era eu.

Meus olhos começaram a formigar.

Ele tinha foto com outra no celular.

Quer dizer, ele tem outra.

Deixei algumas lágrimas caírem.

Deixei o celular dele cair no chão, que aliás ele tinha comprado há duas semanas atrás.

Quebrou só um pouco, meu peito doía de uma forma inexplicável.

Ele não fez isso...

Então todos os boatos eram verdadeiros.

"Jonas passou a noite te traindo."

"Jonas pegou umas 7, em uma hora."

Não, não pode ser.

Encostei na parede com tudo girando, fui caindo no chão enquanto chorava.

Os tiros lá fora não paravam.

Thay: Vai ficar tudo...bem.- Sussurrei pra Beca, que começou a dar leves chutes.

Me levantei chorando e fui pro closet, peguei minhas roupas e coloquei numa mochila.

O dinheiro que eu trouxe também,joguei tudo dentro.

Quando eu ia sair do quarto, corri pra vomitar.

Após vomitar, abri a porta do quarto e desci as escadas correndo, enquanto chorava.

A porta principal estava trancada e a chave não estava lá.

Dei a volta e a da cozinha tava aberta, só no trinco.

Sai correndo enquanto os vapores estavam tão preocupados em atirar que nem perceberam.

Os tiros me deixavam tonta, eu já estava perto da saída do morro.

Parei em um beco pra tentar respirar, passei a mão no rosto limpando minhas lágrimas.

Quando eu ia sair dali, sentir meu ombro formigar.

Com a impacto, meu corpo foi pra trás, eu cambaleei e acabei caindo no chão.

Minha Beca não parava de se mexer, meu ombro doía e eu sentia algo quente escorrendo pelo meu pescoço.

Coloquei a mão na barriga tentando proteger- lá e fechei meus olhos...

Manu 🔥

Manu: Thayná..- Sussurrei escutando o grito da mesma.

Me levantei assustada e o João me olhou curioso.

João: Colfoi, tia?

De tanto conviver com os meninos, ele pegou essas girias.

Manu: Minha amiga precisa de mim, você vai ficar aí, quietinho enquanto eu vou ajudar ela.

João: Mas eu tenho medo...

Manu: Ela tem um bebê, João. Você já te quase dez anos,por favor.

Ele assentiu contragosto e eu abri a porta, mandei ele trancar tudo e só sai quando escutei os trincos.

Sai atrás da Thay, o grito tinha sido perto.

No beco da minha casa, lá no início eu vi alguém no chão.

A ondinha na barriga...

Manu: THAYNÁ.- Gritei e corri até ela.

Os tiros estavam menos e pelo raidinho que falava, eles estavam recuando.

Manu: Amiga,não...- Passei a mão aonde a bala perfurou.

Droga, pq ela fez isso?

Vontade de socar a cara da vagabunda.

Tirei minha blusa sem em importar, eu tava de sutiã por baixo.

Amarrei no ombro dela com força e passei a mão na barriga dela.

Manu: Eu vou bater tanto na sua mãe.- Sussurrei beijando a barriga dela e a testa dela.

Me levantei e sai correndo atrás de alguém, trombei com neguinho que guardava o fuzil.

Neguinho: Maluca,o que foi? -Segurou meus braços.

Manu: A Thayná Neguinho, a Tatá.- Falei nervosa.

Ele abriu os olhos e eu puxei ele correndo.

Neguinho: Quem mandou ela sair? Caralho.- Falou olhando ela no chão.- Chefe, a Thayná tá ferida. Trás um carro pro beco da casa da Manu.

Falou no raidinho.

Jonas: Que Thayná? - Falou ofegante.

Neguinho: Tua mulher, caralho.

Jonas: MINHA MULHER? CADÊ MINHA FILHA, PORRA..

Ele começou a gritar lá enquanto eu chorava.

Neguinho tava puto de nervoso também.

Mas eu entendo, Thayná sempre ajudou geral.

Pq minha falsiane foi fazer isso?

Droga...

Coração VagabundoOnde histórias criam vida. Descubra agora