You Say Goodbye And I Say Hello PT1

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- Por que você tem que parecer sempre tão gostosa sem fazer o menor esforço? - Momo reclamou voltando minha atenção para ela. Meus olhos vagando lentamente até encontrar os seus, aquela cara de cachorro sem dono estampada em mim. - Não comece!

Gargalhei alto balançando a cabeça.

- Eu não estou fazendo nada, Moguri - retruquei baixando o olhar para o celular novamente.

- Por isso mesmo. Você é tão naturalmente linda que irrita. - me fingi de desinteressada, mas estava amando aquela situação. Adorava vê-la externar o que deveria ser seus debates internos. - Esses olhos não ajudam também, como se não bastassem ainda tem eles ai parecendo duas pedras fixadas em seu rosto.

- Vai implicar comigo agora é? Não tenho culpa de ter nascido assim. - levantei o rosto rápido para lhe mandar uma piscadela.

- Urgh. - grunhiu atravessando a sala pela milésima vez, ela disse estar dando o que parecia ser os toques finais em seu visual, mas aquilo já demorara quase uma hora e eu já tinha minhas dúvidas sobre o que ela chamava de toques finais. - Chaeyoung sabe que você é linda assim?

- Chaeyoung? - levantei o rosto com o mencionar de seu nome parando para pensar por um momento sobre aquilo. - Acho que nunca falamos sobre isso. Não faço ideia se ela já me conhecia de antes. Não parece, mas vai saber. - dei de ombros.

- Então... Você me pegaria hoje? Seja sincera.

Levantei o olhar e me deparei com aquelas maravilhosas pernas de ex-ginasta que ela tinha à mostra graças ao vestido curto, não precisei de mais nada para lhe enviar minha mais sincera resposta.

- Sem sombra de dúvida. - Momo riu e estralou os dedos.

- Vamos!

- Aleluia Senhor. - levantei jogando os braços para cima a fazendo revirar os olhos.

- Eu dirijo! - gritou virando de repente em minha frente com um olhar pidão. Cerrei os olhos por um momento e lhe estendi a chave do meu carro.

- Já disse que você é a melhor amiga do mundo? - ela se lançou em meus braços, me deu um beijo no rosto e voltou a caminhar, quase correndo, à minha frente balançando as chaves no ar.

- Blá Blá Blá, interesseira. - ri fechando a porta atrás de mim.

Fizemos o caminho um pouco mais longo do que o necessário, Momo queria testar a direção de todas as formas e não parou de gritar dois segundos desde que deu a partida no motor. As ruas de Nova York foram palco de sua desordem momentânea, ela jogava o carro em curvas fechadas e abertas, acelerava em pistas longas ou curtas. Apesar de todas as loucuras sua alegria era contagiante e era mais do que eu poderia querer. Vê-la feliz era me ver feliz, e saber que eu ajudei acontecer tornava tudo ainda melhor.

Chegamos à casa da garota que não parecia ter mudado nada, estava exatamente como eu a lembrava: cheia de luzes de festa, som alto, gente bêbada e aquele enorme gramado frontal. Realmente isso era tudo que eu lembrava dali porque era apenas para isso que eu costumava frequentá-la, e por falar nisso, nem de longe o que ocorria ali era uma "mini festa". Fomos recepcionadas por uma garota que me enojou logo de primeira, aquela cara de filhinha de papai e aquele olhar ridículo de avaliação sobre nós. Cortei sua passagem e me infiltrei na sala lotada ouvindo logo um coro chamar por meu nome e sendo, logo após, puxada para uma roda sem nem ao menos ter a chance de me manifestar.

Não sei muito bem quanto tempo se passou, mas sei que dediquei boa parte dele à galera da recepção calorosa. Um grupo de jovens estava reunido, jogando conversa fora, bebendo e, como sempre, lembrando dos nossos podres como se eu fosse uma viajante de longas datas.

Requiem - Michaeng [BR]Onde histórias criam vida. Descubra agora