Perguntas E Mais Perguntas

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- O que?! - Momo quase gritou de indignação quando me viu entrar no carro. - Eu não acredito que você vai até lá, Mina.

- Eu tenho que ir. - fechei a porta e ela se abaixou apoiando os braços no espaço sem vidro.

- Você acabou de sofrer um desmaio sério! Você não estava conseguindo nem andar direito e ainda quer dirigir? Para de bancar a doida e sobe, toma um banho, come alguma coisa e deita.

- Momo, eu preciso ir.

- Não, você não tem! - ela gritou novamente fazendo minha cabeça estalar de dor. - O que essa garota quer afinal? Por que ela resolveu vir para cá?

- Eu não faço ideia, e por esse exato motivo preciso ir.

Ela bufou abaixando a cabeça por um momento deixando escapar um sonoro suspiro. Eu sei que ela está decepcionada comigo, eu realmente não esperava que ela entendesse minha situação, mas as coisas com Nayeon eram um pouco complicadas e eu não poderia arriscar.

- Se você morrer no meio do caminho, não me ligue. - seus olhos voltaram ao encontro dos meus cheios de preocupação. Ela estava falando sério, mas foi inevitável o sorriso que esbanjei.

- Vou ficar bem, já fiz pior, lembra? - coloquei as mãos sobre as suas as apertando em certo tipo de certificação.

Na verdade eu estava assustada, depois de tanto tempo, por que isso logo agora?

- Por favor, não me lembre daquela época. Você pode achar engraçado agora que já passou, mas cada vez era um sufoco enorme.

- Me desculpe por ser inconsequente. - ela deu de ombros se afastando.

- Você pelo menos já avisou a Chaeyoung sobre isso?

- Não. - Rebati imediatamente. - Você não pode falar isso para ela.

- Por que não?

- Ela já tem problemas demais, não quero sobrecarregá-la com besteiras. Nós nem sabemos o quão sério é.

- Besteiras? Mina você se esqueceu da última vez? Besteira é você fazer xixi na cama, cuspir enquanto fala. Isso não é besteira.

- Eu sei, eu sei - suspirei. Ela tinha razão em tudo, mas eu não poderia dizer isso a Chaeyoung assim. Precisava de mais tempo. - Mas eu já estou melhor, foi só por conta do exercício inesperado.

- Como você é cabeça dura, pelo amor de Deus. - Momo parecia incrivelmente irritada com a situação e eu não poderia me sentir pior. Por dentro eu concordava com ela, mas as coisas não eram tão simples. - Eu não vou falar nada. Mas se algo acontecer com você eu te mato.

Sorri forçado em um agradecimento silencioso e meu celular tocou no banco ao lado, a foto dos olhos da Chaeyoung na tela.

- Droga - murmurei sem saber se avançava até o aparelho ou não.

- Não vai atender? Provavelmente é sua amiguinha puta.

- Não é ela, é Chaeyoung. - Momo cresceu os olhos rapidamente em minha direção em expectativa. - Disse a ela que voltaria cedo. Não posso falar com ela agora.

- Por que não?

- Porque ela vai saber que tem algo errado. - lancei um olhar de súplica enquanto torcia minha boca.

- Não mesmo, nem me peça. - ela se antecipou sacudindo as mãos.

- Moguri, por favor. Se ela ligar pra você diga que acabei ficando com dor de barriga por causa de algo que comi e fui deitar cedo, não sei.

- Eu não vou mentir para a Chaeyoung. Não me meta nisso.

- Momo! - me exaltei em desespero. - Por favor, só dessa vez.

Requiem - Michaeng [BR]Onde histórias criam vida. Descubra agora