Na boate..

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Era uma bela noite de sábado. E quando eu digo bela, não estou exagerando. O céu estava com uma lua tão linda, chamava muita atenção, e para completar, estrelas, muitas estrelas. Dava para se ver o lindo seu da Itália pelo vidro transparente que se localizava no teto da boate. Sim, estávamos em uma boate. Eu queria esquecer os problemas por pelo menos uma noite. E você deve estar se perguntando quais problemas são esses. Deve me achar uma idiota. Mesmo eu tendo dois garotos “aos meus pés”, eu não me sinto segura com isso. Não mesmo. Oras, eu gosto dos dois; acha que é fácil escolher entre um deles? Não, definitivamente não! Eu sei que haverá uma hora que eu irei ter que escolher entre um deles, mas espero que essa hora demore a chegar. E como demore...

- Vamos, Juliana, curta a festa! – disse Ashley.

O cheiro de seu hálito não era um dos melhores. Cerveja.

- Calma, Ash. Você está bem?

- Claro que estou, Ju – ela riu.

- Tem certeza?

- Oh, amo essa música! – ela me puxou para o meio da pista de dança e desceu até o chão – Vamos, dance!

Era um funk. Olha, sinceramente, eu não curto funk. Pra mim esse tipo de música fala muitas coisas... “pornográficas”, então prefiro não ouvir. Mas era uma festa, e como Ashley disse, eu deveria curtir.

- Tudo bem, Ashley – sorri e peguei o embalo da música.

Depois de dançar seis músicas seguidas, sem pausa, eu decidi pegar alguma bebida. O barman era estiloso, seus cabelos eram castanhos e os olhos em um tom mais claro. 

- Olá, gatinha – por sorte ele falava a minha língua – Tudo bem?

- Tudo – respondi sorrindo.

- Então, o que deseja? – ele sorriu e colocou suas mãos em sua nuca, mexendo vez ou outra em seu cabelo.

- Uma água, por favor.

- Água em uma festa? – ele riu.

- Estou sem grana para bebidas fortes. – sorri envergonhada.

- Então considere a bebida por conta da casa – seu sorriso era mesmo muito bonito.

Ele virou-se para trás, e safada como sou, reparei em seu bumbum. WOW! Ele pegou alguma bebida no qual identifiquei como Uísque, e me entregou. 

- Faça um bom proveito, lindinha – ele sorriu.

- Muito obrigada... – não consegui acabar a frase, porque aliás eu nem sabia seu nome.

- Amor? – ele riu.

- Bobo – ri também.

- Me chame de Richard – ele estendeu sua mão.

- Me chame de Juliana – ri, imitando sua fala.

- Richard, se quiser pode aproveitar a festa. Seu turno já acabou – disse um homem alto, talvez seja seu chefe. Ele sorriu para mim e pulou para fora do balcão.

- Acho que posso aproveitar a festa ao seu lado, não é? – eu estava me derretendo pelo sorriso dele. Deus!

- Não vejo problemas... – sorri envergonhada.

Richard era querido, e vez ou outra tentava me beijar. Não sei, eu não conseguia beijá-lo, mesmo ele sendo lindo, fofo e querido. Parecia que, se eu o beijasse, estaria sendo adúltera, estaria traindo Lucas. Mas porque estou pensando nisso? Não tenho nada com ele, e ele deve estar em um bar com vadias agora. Tenho que aproveitar o momento! 

Garota difícilOnde histórias criam vida. Descubra agora