Grávida?

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Cheguei até lá, já ofegante, e toquei a campainha.

– Já vai – alguém gritou e depois de alguns segundos vi a porta sendo aberta.

– Oi.

– Mari! – ele me abraçou forte – Eu pensei que não viria.

– Eu também – dei um meio sorriso.

– Então... entre – ele riu – Os meninos estão no mercado. Estou sozinho aqui.

– Por que está me dizendo isso? – arqueei uma sobrancelha, entrando na casa.

– Detalhes – ele riu, me convidando a me sentar ao sofá junto à ele.

– Detalhes – repeti rindo.

– Está de bom humor, pelo visto.

– É, acho que não seria essa a palavra certa – disse, triste – O sorriso que esbanjamos nem sempre é alegria, Pedro.

– E eu posso ajudar?

– Pode – respirei fundo e me pus a chorar – Tenho dois motivos para isso.

Não dava para ser forte naquela hora.

– Conte-me – ele me abraçou e afagou meus cabelos.

– Não vou conseguir ficar sem você.

– Eu iria dizer a mesma coisa – ele riu.

– Desculpa por ser bruta.

– Desculpa por ser idiota – ele sorriu torto.

– Desculpado – sorri, beijando-lhe os lábios.

– Desculpada – sorriu, beijando minha testa.

Ficamos em silêncio por alguns instantes. Era bom tê-lo comigo.

– E o segundo motivo? – ele perguntou, ainda abraçado à mim.

– Promete, pelo amor de Deus, que não vai contar pra ninguém?

– Prometo.

– Estamos achando que a Ju tá grávida.

– O quê?!

– É, Pê, mas olha... shhh! Ok? Ninguém pode saber. Nem era pra você saber. Principalmente o Lucas, ele não pode saber de nada. Até porque nem sabemos se ela está ou não está grávida.

– Mas... Mari, ele é o pai. Ele merece saber.

– Ainda não.

– Por que ainda não?

– Ela ainda está chateada com ele. Deixe que ela contará se estiver grávida. Fique na sua.

– Tá bom. Agora eu posso aproveitar a minha loirinha?

– Pode.

JULIANA DRUMMOND NARRANDO:

– Ela está demorando.

– Pois é. Que estranho – Ashley riu – O que será que é

– Não faço a mínima ideia.

– Opa – ela sorriu – Mensagem do Math – disse, depois de seu celular ter apitado e ela ter visto a tela do mesmo.

– Leia – dei de ombros. Não é que eu estava tratando-a com "indiferença", mas eu estava chateada. Não com ela: comigo mesma.

– "Saudades. Quero tu aqui comigo. Vem aqui? To no Quiosque 12. Te amo" – ela leu em voz alta e depois abriu um lindo sorriso – Ele disse que me ama – sorriu, abobada. 

Garota difícilOnde histórias criam vida. Descubra agora