Garota difícil

Noite romântica

– Essa aqui também tem dono – disse Matheus, fazendo o mesmo com Ashley.

Entreolhei para ela e ri.

– É amor demais – disse rindo.

– Posso falar com você? – Lucas sussurrou em meu ouvido.

– Claro – sorri – Mas será que poderia ser depois da festa?

– Tá.

*

– Isso daqui tá realmente muito bom – disse Mariana, um pouco bêbada, jogando seus braços para cima, dançando no ritmo da música.

– Ah, Jesus – ri – Eu mereço mesmo.

– Aproveita, Juliana. Último dia com dezessete – ela pegou em minha mão, me levando para o centro da pista de dança – Ê, Macarena! – ela disse, mesmo estando a tocar outra música – Baila tu corpo alegria Macarena – ela foi cantando a música e dançando. Eu realmente não estava reconhecendo minha melhor amiga, e estava me segurando para não rir – Dança comigo, vaca – ela riu.

Comecei a dançar com ela, e pessoas nos olhavam rindo. Depois todo mundo pegou o ritmo e começaram a dançar com a gente. O DJ, vendo que todos estavam dançando a mesma música, colocou a mesma para tocar. E daí já viu, né? Foi muito bom haha.

– Vem cá. Posso roubar ela de você um minutinho? – Lucas perguntou para Mariana, que deu de ombros.

– Pede permissão pra ela e não pra mim? – ri.

– Está bêbada?

– Não – e realmente, eu não estava.

– Ufa! – ele disse aliviado.

– Mas por que a pergunta?

– É que eu queria conversar contigo – ele coçou a nuca, em sinal de “envergonhamento”.

– Fala – dei de ombros.

– Aqui não.

– Aonde então?

– Ali fora tem alguns bancos. Dá pra gente ficar lá.

Ele saiu me puxando boate à fora e eu o segui. Nos sentamos em um dos bancos e ele sorriu.

– Que horas são?

– Meia noite em ponto. Parabéns, pequena.

Lucas me abraçou e depois me encarou, aproximando gradativamente seu rosto do meu. Nos lábios se chocaram. Parecia que havia um imã ali, pois depois que começamos a nos beijar, não consegui parar haha. E realmente, não me arrependi não, hein? Meu primeiro beijo com 18 anos, com o amor da minha vida.

– Obrigada, Luc. – sorri e lhe dei um selinho – Mas por que exatamente você me chamou aqui?

– Queria ser o primeiro a lhe parabenizar – ele riu.

– Ah – suspirei – Só isso?

– Não, claro que não.

E ele fez o inesperado.

Se ajoelhou em minha frente, tirou de seu bolso um anel, e olhou em meus olhos.

– Juliana Drummond, minha pequena, meu amor, deseja ser minha namorada?

E agora eu pergunto à você: Há alguma outra resposta, se não for o sim?

Minha vontade? Pular no colo dele e beijá-lo para sempre.