POV - Narrador
Todos saíram da sala e deixaram as duas mulheres sozinhas. Daniela e Diana se olharam com firmeza e atenção, mas nada falaram nos primeiros minutos. Queriam ter a certeza de que ninguém as estariam ouvindo.
— Diga, mademoiselle! O que deseja com a minha pessoa? — a morena quebrou o silêncio e se aproximou sorrateiramente da loira.
— Você não pode fazer isso, entendeu? — Diana a olhou com o cenho franzido como se lhe perguntasse do que ela estava falando — Não pode simplesmente falar o que pensa assim, Diana. Pelo menos não no meio de uma reunião, não no meio dos seus colegas de trabalho... — Daniela parou por um segundo e logo após soltar o fôlego preso nos pulmões, continuou — Todo mundo aqui, inclusive você, sabe que eu não admito que falem e sigam alguns padrões de comportamento nas minhas reuniões.
— Okay! — Diana levantou e caminhou até a loira — Só que eu levantei um questionamento plausível e você sabe disso... — a morena estava a metros de distância de Daniela, já era possível sentir o calor de seu corpo — Eu não fui petulante, muito menos desrespeitosa, então não tem motivo para você me dizer o que está dizendo — automaticamente uma das mãos de Diana se dirigiu para uma mecha de cabelo da loira que estava fora do lugar e a colocou atrás da orelha — E se você não admite esse comportamento de ninguém, mas admitiu de mim, a errada aqui não sou eu — concluiu sua fala já com seu rosto muito próximo ao da mulher a sua frente.
— Diana... — a voz já carregada e cadenciada de Daniela foi sobreposta pelas batidas na porta. Em um movimento rápido a morena se afastou e assim que assumiu uma distância aceitável de Daniela a porta foi aberta.
— Me disseram que você queria falar comigo, Dani... — a voz de Deyse quebrou o breve silêncio que se formou — Eu posso voltar depois se quiser, eu não sabia que...
— Não... Fique! — a loira a interrompeu e acenou para que a ruiva entrasse — Nos falamos depois, okay? — a morena apenas sorriu em resposta a sua fala e se retirou da sala — Obrigada por me salvar.
— O que houve? Ela ia atacar você? — indagou divertida, enquanto se sentava em frente a mesa que Daniela ocupava.
— Não! — deixou seu corpo cair na cadeira que estava sentada a pouco — Mas acho que se você não tivesse aparecido, eu não iria conseguir me conter.
— Ora, ora quem diria que Diana Alencar seria capaz de mexer com as estruturas de Daniela Queiroz! — as duas gargalharam com uma certa vontade — Estou impressionada!
— Pois é, eu também estou... — a loira ficou um pouco pensativa, como se estivesse sozinha e em sua casa.
— Dani!? — Deyse a chama e ela então ergue a cabeça e olha para a mulher a sua frente — Você quer conversar sobre isso? Sobre a Diana...
— Pra falar a verdade eu quero, só não sei por onde começar.
— Que tal pelo começo? — a ruiva levou a cadeira que estava sentada para mais perto de Daniela e prosseguiu — O que você sente em relação a ela?
— Tirando o desejo absurdo e o tesão latente? — riram fraco e a loira continuou — Eu não sei dizer... Há sempre alguma coisa que me leva até ela — Deyse a observava atentamente, com o cenho franzido, mas não dizia uma palavra sequer — É como se ela fosse um grande ímã que eu não sou capaz de repelir, é muito esquisito.
— Certo, entendi... — falou por fim — Suponho eu que essa atração não é algo que tenha nascido anteontem, tendo em vista que é tão intensa assim.
— Não, não é... — se limitou a dizer.
— Quando, mais ou menos, você acha que teve início?
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Sexy Boss
RandomEla é imponente, sexy, sedutora e sabe bem o efeito que causa em quem se atreve a lhe admirar por mais de cinco segundos. Por onde passa chama a atenção de todos e se aproveita disso. Sua vida toda foi baseada em ser o motivo da desestabilização sex...