ALERTA DE GATILHO: Não é nada muito pesado, mas eu sei que algumas pessoas tem gatilho com coisas leves, então resolvi avisar.
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POV - Narrador
Nada do que se passava na cabeça de Diana a prepararia para ouvir o que havia acabado de ser dito por Daniela. A morena prendeu o ar em seu pulmão e deu uma leve cambaleada para trás.
— Diana? — a loira a chamou, mas parecia que a mais nova não a escutava — Diana? — chamou com mais vontade e a chacoalhou um pouco. Depois de piscar algumas vezes, como se acordasse de um transe, a morena a olhou nos olhos e a respondeu.
— Uma filha... — falou mais para si do que para a mulher a sua frente — Você tem uma filha — não era uma pergunta, era uma afirmação. Em sua mente, Diana não sabia ao certo o que pensar, muito menos como iria processar aquela informação.
— Eu sei que tudo isso parece uma loucura, mas...
— Isso é uma loucura! — afirmou e então, como se seu corpo fosse finalmente liberto de algum tipo de prisão invisível, a morena começou a andar de um lado para o outro, sem prestar atenção em mais nada. Sua mente estava tão turbulenta que ela sequer percebeu que sua taça estava estilhaçada no chão e que o vinho manchava o piso branco de seu apartamento. No passo seguinte que deu, tentando processar tudo o que estava deixando-a atordoada, Diana pisou num caco de vidro — Porra! —Daniela se assustou com o grito que a mais nova deu e só percebeu, de fato, o que tinha acabado de acontecer quando viu o sangue de Diana se misturando com o vinho. A loira se aproximou da mais nova e a pegou no colo. Ela a levou até o sofá e a sentou com cuidado. Era nítido nos olhos de Daniela que a preocupação a corroía.
— Se não se importar, eu vou dar uma pequena fuçada na sua casa, tá bom? — a loira carregava um de seus sorrisos mais bonito no rosto e isso retardou um pouco os sentido de Diana. A morena apenas concordou com a cabeça e assistiu Daniela lhe observar por algum tempo, até notar que deveria falar algo.
— A caixa de primeiros socorros está na parte de cima do armário do banheiro, segunda porta — informou e a mulher saiu para dentro do apartamento. A mais nova olhava para o vidro incrustado em se pé e se perguntava onde é que estava com a cabeça. Um suspiro pesado saiu de seus pulmões e ela encostou a cabeça no encosto do sofá e levou a mão a testa, num gesto característico seu. Só percebeu que a mais velha havia voltado quando sentiu mãos firmes lhe tocando o pé com delicadeza.
— Di, isso vai doer um pouquinho, tá bom? — ouvir seu apelido ser proferido pela mulher que lhe arrancava todos os suspiros a fez esquecer, apenas por alguns segundos, a dor latente em seu pé direito — Eu vou tentar ser rápida, mas vamos ter que limpar o ferimento.
— Tudo bem, Dani! — respondeu sem nem pensar duas vezes e segurou firme uma das almofadas do sofá. Mais nenhuma palavra foi dita enquanto Daniela retirava o caco de vidro que, por sorte, não havia feito um corte tão profundo, limpava o ferimento e fazia um curativo. A loira estava concentrada em realizar sua tarefa com perfeição e parecia nem piscar, enquanto Diana a olhava fixamente sem conseguir desviar seus olhos nem por um milésimo de segundo. Assim que a mais velha terminou o que estava fazendo, ela recolheu tudo o que havia usado, se levantou e seguiu até o banheiro para guardar a caixa de primeiros socorros. Em seguida, ela passou pela sala e foi diretamente para a cozinha. Diana ouviu alguns barulhos, como se ela estivesse mexendo em suas coisas, quando pensou em questionar o que a outra fazia, a viu voltando para a sala com uma vassoura, pá, pano, rodo e alguns produtos para realizar a limpeza do piso. Mais uma vez, ela realizou aquela tarefa em silêncio. Após terminá-lá, seguiu para cozinha novamente e minutos depois, retornou.
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Sexy Boss
RandomEla é imponente, sexy, sedutora e sabe bem o efeito que causa em quem se atreve a lhe admirar por mais de cinco segundos. Por onde passa chama a atenção de todos e se aproveita disso. Sua vida toda foi baseada em ser o motivo da desestabilização sex...