Sexy Boss

Eu que falei

POV - Narrador

— Olá, Diana! — a respondeu. O homem não esperava encontrar sua filha ali.

— O que você quer com a Daniela? — a essa altura Deyse e a loira já se aproximavam da porta, entrando no campo de visão de Markus.

— Senhorita Duarte! Daniela! — cumprimentou as duas com um aceno de cabeça e as duas mulheres o retribuíram — Eu poderia conversar com você um instante, Daniela? Garanto que será rápido.

— Claro! Vamos lá para o jardim — a mulher sabia, que não seria uma boa ideia levar Markus para conversar dentro da casa de sua amiga, levando em consideração que nenhuma das outras três mulheres gostava dele.

Assistiram os dois seguirem em direção ao jardim, mas não acreditavam que ele estava ali. Em nenhum momento, passou pela cabeça de uma delas que Markus pudesse aparecer assim, como quem sempre bate a porta de Deyse.

— O que esse filho da puta está fazendo aqui? — a ruiva foi a primeira a demonstrar o seu descontentamento — Me desculpa! — falou para Diana, mas sem realmente ter a intenção de se desculpar.

— Deyse, eu estou tão puta quanto você — a morena a respondeu.

— Quem é que não tem raiva desse cretino? — Luiza indagou retoricamente e deixou seu corpo cair no sofá de sua namorada.

No jardim, Daniela e Markus se afastavam um pouco mais da entrada da casa. A noite não estava muito fria, mas pedia, pelo menos, um leve agasalho e a loira se repreendeu por não ter pego um antes de sair.

— Use meu terno! — o homem ofereceu.

— Eu estou bem! Obrigada! — rejeitou a oferta — O que você quer, Mackenzie?

— Depois de tanto te ajudar, é assim que você me recebe?

— Como se eu tivesse tido alguma escolha, não é mesmo?!

— É, você realmente não teve escolha — Markus respirou profundamente e prosseguiu — Como ela está?

— Bem, apesar de tudo... — o semblante da mulher se contorceu um pouco. Daniela sentia seu coração doer no peito, era como se ele estivesse sendo arrancado de sua caixa torácica.

— O que foi, criança? — Markus tinha a – irritante – mania de a chamar assim quando estavam conversando.

— Eu a quebrei, Markus e a troco de que? — as lágrimas já estavam se formando nos cantos dos olhos verdes de Daniela — Eu não a mereço. Na verdade, não sei se um dia eu a mereci de verdade.

— Ei, não diga isso! — o homem se aproximou da loira e a envolveu em seus braços — Daniela, você fez o que fez por você, sua filha e sua mãe, sim. Mas, no fundo você sabe, que também fez por Diana. Minha filha não aguentaria ver você sofrendo caso acontecesse algo com sua família — era estranho, para quem visse de fora, a relação que os dois criaram, mas não tinha como negar que os 20 meses que Daniela passou distante de todos que conhecia e amava, fez com que ela buscasse apoio emocional em Markus muitas vezes. E o homem nunca a negou um colo — Você é uma boa pessoa e é uma mulher incrível. Você é forte e não desiste do que quer, do que sonha — quebraram o contato do abraço e o moreno sorriu docemente para Daniela — É fácil perceber o que fez Diana se apaixonar por você.

— Você sempre me diz essas coisas — pontuou, enquanto secava as últimas lágrimas que teimavam em cair de seus olhos.

— É porque todas elas são verdade. A esse ponto, achei que não duvidaria mais de quem é.

— E eu não dúvido. Só não sei se mereço quem ela é, não depois de tê-la machucado tanto.

— Muitas vezes machucamos quem amamos, mas isso não quer dizer, necessariamente, que estamos fazendo algo de errado ou que não merecemos estar ao lado da pessoa amada.