Eu nunca vou me acostumar com isso

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POV - Narrador

Todos aplaudiram, em êxtase, a cena que Diana e Hazel protagonizaram. Sem dúvida alguma, aquela havia sido uma das melhores demonstrações que Mistress Lina já havia feito em sua vida, e ela se orgulhava disso.

Após conversar com algumas pessoas que a pararam para fazer perguntas sobre as técnicas que ela usara há pouco, Diana se viu parada próximo ao bar improvisado no canto oposto que estavam todos seus convidados. Seus olhos percorriam todo o lugar em busca de uma única pessoa.

— Nem adianta procurar, ela já foi — Talita falou, surgindo atrás de sua amiga — Eu a vi indo embora.

— Ótimo! — engoliu em seco — Melhor assim.

— Não aja como se a volta dela não tivesse abalado você e como se não estivesse decepcionada com o fato dela ter ido embora sem ao menos se despedir de você — Lita cutucou a amiga, sabendo que a acertaria em cheio.

— Bom, essa não foi a primeira vez e, pelo o que parece, não será a última — Diana virou todo o líquido que enchia seu copo e o colocou em cima da bandeja que um dos garçons carregava ao passar por ela — Estou cansada e não me sinto muito bem...

— Sei muito bem qual o nome desse mal estar — a mulher não podia perder a chance de cutucar sua amiga

— Se precisar de algo, estou no meu quarto — Diana disse apenas.

— E os seus convidados? — Talita questionou erguendo uma de suas sobrancelhas e cruzando seus braços.

— Eles estão ocupados demais com seus jogos para notar minha ausência — Diana jogou seus cachos do lado direito para o lado esquerdo — Eu preciso ficar um pouco sozinha — sua amiga nada mais disse, apenas deixou que a morena se afastasse e a observou subir as escadas.

Diana estava cansada, mentalmente falando. Sua mente estava trabalhando a mil por hora desde que avistou Daniela e não poderia negar que por um lado, gostaria que Talita não tivesse interrompido aquele beijo. Seu corpo sentia falta dos toques da loira, seus lábios ansiavam pelo seu gosto e seu ouvido por sua voz. Mas, seu coração ainda sentia a mesma dor de quando fora abandonada por Daniela e, sem dúvida, essa era a parte que mais gritava em si. A mulher adentrou seu quarto e seguiu para o closet, sem perceber que não estava sozinha.

— Eu sei que não requisitou minha presença, mas... — a voz de Luiza surgiu no breu do quarto antes mesmo de seu corpo se fazer visível, fazendo a morena sair do closet às pressas — Eu vim mesmo assim.

— Porra, Luiza! Que susto! — Diana estava com a mão esquerda em seu peito, demonstrando o tamanho da confusão que a amiga havia feito em seus batimentos — Porque veio?

— Daniela Queiroz está na cidade, ou seja, você precisa de mim — a mais alta revirou o olhos e Luiza sabia, mesmo sem poder ver — E não adianta revirar esses olhos, você sabe que estou certa.

— Não posso discordar — a morena apareceu vestindo uma roupa mais confortável e se sentou ao lado de sua amiga, em sua cama — E desde quando você sabe que Daniela Queiroz está na cidade?

— Desde a hora que fui buscá-la no aeroporto com a Deyse.

— E você não pensou, nem por um minuto, em me contar que ela havia voltado? — sua voz saiu baixa, porém com uma certa entonação de impaciência.

— Em primeiro lugar: esse seu estresse todo não é por minha causa, então não o desconte em mim.

— Me desculpa! — pediu com sinceridade.

— Tudo bem, você está confusa e eu entendo — respirou fundo — Em segundo lugar: eu soube que era ela quando a vi parada na calçada do aeroporto. Eu sabia que ela viria atrás de você, mas não imaginei que seria hoje, muito menos durante a sua festa... — um silêncio se fez. Luiza esperava sua amiga lhe dizer algo e Diana rezava para que a menor não lhe perguntasse o que não estava nem um pouco afim de admitir para si mesma — Di, fala comigo...

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