Touché, ma chérie!

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POV - Narrador

Daniela havia acabado de estacionar seu carro, na vaga que usava normalmente. A loira estava pegando sua bolsa e organizando suas coisas, quando uma batida em seu vidro a assustou.

— Porra, Deyse! Você ainda me mata do coração qualquer dia desses — falou assim que abriu a porta.

— Nossa, Dani! Você anda muito assustada. Tá devendo? — indagou retoricamente e as duas se cumprimentaram — Ué, tá faltando uma! Cadê a Diana?

— Quando eu acordei, ela já havia saído. Deve ter ido conversar com o tal de Markus — respondeu.

— Verdade... E essa história de que ele é o pai dela, você sabe de mais alguma coisa?

— Não, só o que ela nos disse no sábado. Mas, tudo indica que vamos conversar hoje no almoço. Não sei o que ela tem em mente, mas me pediu para reservar o almoço para ela — as duas mulheres caminharam para o elevador. Já estava virando rotina se encontrarem ali ou o ponto alto do dia de Daniela, ser naquele espaço.

— Então quer dizer que terei que almoçar sozinha? É isso? — a ruiva perguntou, fazendo uma carinha de quem estava triste com aquele fato.

— Não seja dramática, Deyse, não precisa disso. E outra, você pode ir almoçar com a Luiza, garanto que vocês duas terão muito o que conversar.

— Não é uma má idéia... Aproveito e fico sabendo alguns podres sobre a Diana — a mulher piscou para Daniela, que sorriu com o ato.

— Se possível, por favor não conte os meu piores podres. Deixa que eu conto esses, pode ser? — Daniela sabia que sua amiga adorava contar suas peripécias de vida e tendo em vista que havia um interesse de Deyse em descobrir podres de Diana, sem dúvida alguma Luiza também iria querer saber os seus.

— Não posso garantir nada, o assunto vai surgir e eu vou levando como for — cutucou a amiga.

— Cretina! — as portas do elevador se abriram e elas saíram da caixa de metal — Deyse, cadê sua bolsa? — depois de analisar bem sua amiga, Daniela notou que ela carregava apenas sua roupa de corpo e celular, nada além disso.

— Ah, está na minha sala — respondeu — Eu cheguei tem um tempo já, mas precisava dar um jeito nessa minha cara de morta e não queria fazer isso aqui em cima, então fiz no carro mesmo.

— Preciso dizer que eu acho que não ajudou muito, você continua com cara de morta — as duas riram e foram para a sala de Daniela.

— Eu não tenho toda essa beleza natural que você tem, então rebocar a minha cara é o que me resta.

— Cala a boca, Deyse! Você é linda! — e mesmo em tom de brincadeira, a loira estava falando a verdade. Deyse era realmente linda. Muitas vezes a amiga a considerava uma fada, pela sua aparência jovial e delicada.

— Ah obrigada, eu tento... Pelo menos eu compenso com estilo — naquele dia, a ruiva estava usando uma calça social preta com a cintura uma pouco mais alta, um salto aberto de tiras e cor preta, e uma camisa de mangas compridas azul royal.

— Não posso negar, você realmente se veste muito bem. Admito que sua influência sobre mim foi grande.

— Você sempre se vestiu muito bem, Daniela Queiroz. Não vem encher minha bola não, porque nós duas sabemos que minha influência sobre você é mínima... Já ao contrário não podemos dizer o mesmo.

— Tá bom! Vamos dizer que você está certa, só para não ficar chateada... — riram e ficaram em silêncio por um tempo.

— Bom, acho que preciso trabalhar, ent... - a fala de Deyse foi interrompida por batidas na porta — Quem será tão cedo?

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