Me desculpe por não estar aqui

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POV - Narrador

— Quem era a pessoa perturbada que tocou a campainha daquele jeito a essa hora da manhã? — Luiza questionou sua namorada assim que adentrou a sala, mas não a deixou responder e já emendou outra fala — Caramba! Não são nem nove da manhã, qual o problema das pessoas? — deixou seu corpo cair no sofá e cobriu os olhos com o braço esquerdo.

— A pessoa perturbada se chama Diana Alencar e está lá em cima conversando com a Dani — respondeu folheado seu jornal, como se aquela informação não fosse nada.

— É O QUE? — a morena sentou-se num sobressalto e a ruiva riu da reação dela — Como assim a Diana está aqui e eu não a vi?

— Amor, provavelmente você estava no banho — Deyse continuava como se aquela fosse a coisa mais normal do mundo e como se Diana fosse ali todos os dias conversar com Daniela. De repente, a mais velha sentiu uma leve ardência em seu braço e percebeu que havia levado uma tapa — Porque você me bateu, Luiza? — perguntou esfregando o local que ardia.

— Como é que você me fala isso assim, como se não fosse importante? Você tem que me preparar para dizer esse tipo de coisa e não soltar assim, do nada — a morena estava inquieta e isso divertia Deyse de um jeito que Luiza nem imaginava — Acho que eu vou...

— Aquieta a berenice, Luiza! Deixa elas se acertarem.

— Ou se matarem! — a mais nova comentou.

— Choices, baby — Deyse fechou seu jornal, o colocou na mesinha de centro a sua frente e se voltou para Luiza. Ouviu sua namorada bufar e sorriu com aquilo. Aquela, sem dúvida, era uma das coisas que mais amava nela — Agora vem aqui! — a ruiva a puxou sem nenhum aviso prévio e a sentou em seu colo.

— O que... Deyse! — a repreendeu ao sentir os lábios da mais velha em seu pescoço.

— Não vejo a hora de voltar a explorar todos os cômodos dessa casa com você — sua voz estava rouca e carregava todo o desejo que a ruiva estava sentindo no momento. 

— Apesar de gostar muito da Dani, eu preciso dizer que ela estava atrapalhando mais da metade dos meus planos sexuais... — soltou entre o beijo e a mordida que dava no pescoço alvo de Deyse.

— Vocês deveriam ir atrás de um quarto, sabia? — Diana foi a primeira a se pronunciar.

— Não é nada educado ficar se atracando em qualquer canto, as pessoas podem ficar incomodadas — Daniela sabia que aquela fala iria cutucar Luiza e ela já esperava por isso, ansiosamente. A verdade é que para a loira havia se tornado um hobby provocar a mais nova. Mas é claro que, às vezes, o tiro saía pela culatra.

— Que bom então que as pessoas não estarão mais por aqui em alguns poucos dias — a menor respondeu sem nem tirar os olhos de Deyse e sem nem se dá conta do que havia dito.

— Assim você fere meus sentimentos, Luiza! Achei que gostasse de mim.

— Eu gosto, mas tem algo que gosto mais... — Deyse, que estava com o rosto bem perto do de Luiza, sorriu de lado e balançou a cabeça levemente em negativa.

— Ela não quis dizer isso, não é bonita? — Deyse tentou concertar.

— Eu quis dizer exatamente o que eu disse, amor — a mais nova dentre elas, respondeu.

— Como assim a pessoa não vai mais estar aqui? Vai se mudar, Dani? — Diana questionou, quebrando o clima entre as mulheres.

— Vou sim, na terça — Daniela respondeu. 

— Ah sim... — o semblante de Diana se contorceu um pouco com aquela notícia. Era nítido para todas ali que aquela informação havia incomodado Diana em graus altíssimos.

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