Entrevista com Miranda Bathory

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Obra: Dama Primogênita
Gênero: Romance de Terror
Autor(a): Rwosane
Personagem: Miranda Bathory
Atuação: Protagonista

Vítima de psicopatia em alto grau e narcisista desde o berço, Miranda é uma nefilim nascida de uma humana com um demônio que torna-se uma assassina em série cruel e desumana ainda na puberdade.

Agora que a conhecemos um pouco, vamos a nossa entrevista.

Olá Miranda, como se sente sendo entrevistada pela primeira vez?

Olá, Srtª. Mota. Bem, é ocasionalmente um meio de contato e comunicação maiores que eu posso admirar, creio que pode ser vantajoso para ambos os lados pois pode-se adquirir mais conhecimento sobre nós mesmos e o outro enquanto adentramos um diálogo confortável.

Como está sendo ter um espaço para falar de você além da telinha da sua autora?

É doce e notavelmente libertador. Não que Belrose me aprisione mesmo que de maneira benéfica em sua convicção, isso seria impossível já que em sua própria realidade e no meu jardim mágico eu me mantenho viva, mas sobressair o papel apresentado por ela em terceira pessoa é algo que eu aprecio. Gosto dessa liberação e poder sobre mim mesma apesar dela sempre ser leal a cada detalhe - e ela deseja me presentear com um diário, isso está incluso em seus planos.

Um diário? Estou curiosa, pode nos contar mais sobre isso?

É simplesmente a narração livre em primeira pessoa de toda a trajetória de minha persona. Da esposa leal, da filha pródiga, do bebê amaldiçoado, da amante malévola. Desde o nascimento, durante os belos feitos e até o último expirar, o histórico daquela que Rwosane diz ser seu maior desejo e confidência contado por minhas próprias palavras.

Como foi descobrir que era/é uma pessoa amaldiçoada?

Eu soube desde o princípio e ter tal convicção comigo fora sempre lindo. É como saber que aquela mesma mulher que te deu a luz e te amamentou é a sua mãe, simples e natural como uma lei divina da natureza. Mesmo sendo isso que sou, as normas do Deus de Dálya são como algo sutil e bonito para mim, é o auge da inspiração espiritual. Para quem a minha própria existência soa como um pecado horrendo e imperdoável, para mim é arte e poesia verdadeiras. Eu continuaria a me amar mais do que amo desde sempre e transaria comigo mesma até depois do fim. Isso é significativa autoaceitação. Os meus finais podem não ser eróticos como minha origem exige mas são sempre grandiosos como meu próprio pai admiraria. Ser a personificação do pecado e fruto de um não é horrível como sua religião pode te alienar, é obscuramente gracioso.

Em nenhum momento da sua vida se sentiu horrorizada com este fato? Nem que fosse por apenas dez segundos.

Inacreditável, não é? Mas confie, eu realmente não me senti assim em sequer um momento. O que tudo para mim mostrou-se algo inofensivo e natural, para você poderia ser literalmente um fato horrível que te faria se questionar por anos ou até mesmo se odiar e admitemos, isso seria muito clichê. Todavia eu não me odeio, Srtª. Mota, nada em mim me permite desprezar o que eu sou. A única coisa que poderia fazer você se desprezar por ser o Diabo é a sua religião. Eu cresci em um ambiente religioso assim como minha mãe mas o que absorvi disso não foi religião. Eu sou arte, amo, vivo e transformo em nome dela - e cá entre nós, nem mesmo Deus vê-se na posição de condenar nenhuma forma de arte, e claro, a do Diabo nunca é uma exceção.

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