Rebecca Vilar, para os mais íntimos Becca, já para os colegas de trabalho Dra. Vilar, sempre foi uma mulher de garra, com o espírito e personalidade forte. Vilar formou-se em psicologia em uma das maiores escolas de psicologia de Amsterdã. Sua vida sempre foi cheia de imprevistos e riscos, filha de Doutores de Direito, Vilar desde muito nova foi criada para ser fria com tudo e com todos. Depois de formada, especializou-se em psicologia jurídica, criou teses, fez mestrado, doutorado. Com o passar do tempo iniciou a sua atuação na área criminalista, Vilar era conhecida em Amsterdã como "Caçadora de monstros", montava cenas de crimes, descansava assassinatos montando perfil de assassinos. Vilar entendia a mente de qualquer pessoa, principalmente as de assassinos em série. Seu status era grande e invejado por qualquer pessoa, por ser filha de pais brasileiros ricos, Vilar não se sentia menos que os outros ou pior. Mas nem tudo é bom para sempre, após não conseguir resolver um caso da melhor maneira e deixar um inocente morrer, Rebecca abandonou o título de investigadora e virou uma simples professora de universidade particular. Não conseguia dormir com os pesadelos, não conseguia encarar os seus demônios, mas de uma coisa ela não sabia, os assassinatos não iriam parar por ali. A mesma pessoa que tirou de Vilar o título de cidadã honorária, e mulher poderosa, queria colocá-la novamente em cena, e desta vez, seria mais cruel.
Agora que a conhecemos um pouco, vamos a nossa entrevista.
Olá Rebecca, é um prazer lhe ter aqui! Até perguntaria como se sente sendo entrevistada, mas pela sua profissão você já deve estar familiarizada com isso. Então, só vou perguntar: como está sendo ter um espaço para falar de você além da telinha da sua autora?
Olá Palloma, antes de tudo quero dizer que para mim é uma honra poder compartilhar um pouco da minha história com todos vocês. Espero que gostem de mim, e se não gostarem, tudo bem, já estou acostumada com os ódios alheios.
Vamos lá, eu já estou acostumada em falar em público, em me apresentar, pois uma das duas profissões que eu exercia, eu sempre precisava falar em público, agora lecionando também não é diferente, mas fazia tempo que eu não dava uma entrevista como essa, então, se me permite dizer, sinto que estou voltando a ser a Rebecca de antes. É como se eu voltasse nos exatos dez anos de carreira policial. Eu estou tão nervosa, parece que meu coração vai sair pela boca.
Nossa, bom saber (risos). Mas por quê ódio alheio? Você me parece ser uma mulher confiante e bem resolvida, quem odiaria uma pessoa assim? Eu particularmente, adoro (risos).
Passei dez anos da minha vida exercendo a profissão de psicóloga criminal (falo lenta). Em meu departamento eu era responsável por tudo, cuidava de uma equipe com mais de duzentos funcionários. Eu fui a responsável por colocar muitos assassinos perigosos atrás das grades, outros eu levei para o "Corredor da Morte". Essa é uma profissão solitária, você não pode confiar em todos, e acaba que você precisa passar uma imagem durona, e pelo fato de eu ter feito tudo isso, já me livrei inúmeras vezes da morte. E no meio de tantos imprevistos, encontrei inimigos
