O Passado do Príncipe

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P.O.V Ayla

__Obrigada Dídi, eu precisava realmente conversar um pouco. -falo colocando a xícara sobre a mesa.

__Não tem de quê, mas eu realmente não entendo, Zara não é de fazer essas coisas, eu a conheço desde pequena e posso afirmar que quando ela arranja um amigo é pra valer.

__Eu não sei, eu acho que eu preciso de um tempo para pensar, sabe, clarear a mente.

__Você pode ficar aqui o tempo que precisar, pode contar comigo para qualquer coisa.

__Obrigada novamente, mas não pretendo ficar aqui por muito tempo.

__O que pretende fazer Ayla?

__Vou embusca do meu caminho, vou atrás do meu lugar, nem que eu precise viajar entre os reinos para isso.

__Bem, a escolha é sua, eu preciso ir para a biblioteca agora, tenho que devolver alguns livros e pegar mais alguns, volto em algumas horas, se cuide.

__Até mais Dídi.

Acho que a melhor pessoa que eu poderia ter encontrado foi a Dídi, ela me ajudou a me acalmar, e eu pude desabafar com ela. Nós vinhemos para a sua casa que realmente era bem perto, uma casa que se não fosse a árvore embutida diria ser como qualquer outra.

Olho para o lado e vejo o meu livro, o pego, observo sua capa e relembro-me da história e do local de onde parei. Encosto meu dedo na pequena lâmina e vejo meu sangue escorrer e o livro se abrir. Volto para a última página que li, ela estava marcada, retomo a leitura.

Percebendo que estava com aquela estranha sensação chamada de paixão, Sol se sentia feliz de forma que nunca esteve, ele se sentia flutuar mesmo quando não queria, e sentia sensações estranhas no estômago, principalmente quando estava perto de Lua.

Os anjos perceberam isto, e quase todos ficaram felizes com o estado do Sol, porém um deles não gostava daquilo, dizia que o amor era uma fraqueza, e que o ser mais forte existente no universo não poderia ser fraco. Então um dia, este anjo desceu para a Terra, e enquanto Sol estava ocupado criando coisas que na visão do anjo eram inúteis, ele procurou pela garota que agora era uma mulher e com uma única apunhalada direto no coração da moça, a matou, e sentindo-se vitorioso com o que tinha feito, voltou para o Céu se vangloriando.

Sol quando voltou a Terra para ver sua amada foi surpreendido ao vê-la morta sobre uma poça de sangue e com uma carta em suas mãos onde estava escrita uma declaração de amor para ele, e aquelas alturas, já sabia quem havia feito tal barbaridade. Tomado pelo ódio, Sol condenou o anjo ao exílio junto com as piores almas existentes, num local que foi criado com o mais puro ódio vindo do coração do Sol, um local que ele batizou de, inferno. E o anjo inconformado com o ato, jurou que ele se arrependeria daquilo, e um dia, se vingaria.

Sol, ainda magoado, e se sentindo com o coração partido, pensou que a única forma de aliviar a dor, era voltando para mais um de seus sonos profundos, e foi o que ele fez.

Quando acordou, depois de milhares de anos, Sol ainda se sentia mal, e ao observar a Terra viu que ela estava devastada pelo caos, todos eram maus uns com os outros, e dentre todas aquelas pessoas havia apenas, uma família, de coração puro, e ainda triste, decidiu para tentar aliviar-se, limpar a face da Terra de toda aquela impureza, aparecer para aquela família, e pedir que construíssem uma enorme embarcação que fosse capaz de abrigar pelo menos duas espécies de cada animal terrestre, e feito isto, derramou sobre a Terra suas lágrimas ácidas, que lavaram toda a sua superfície, e sobrando apenas aquela única família, decidiu deixar a Terra nas mãos dela, o que seria da Terra seria de agora em diante responsabilidade deles, não se importava mais, aquele era seu último ato em prol daquele planeta. Sol exílou-se por de trás dos muros do Céu, e segundo ele, nunca mais sairia daquele lugar.

A Filha Da Lua, a Princesa Perdida (EM REVISÃO) - Livro 1 Trilogia UniversoOnde histórias criam vida. Descubra agora