Quinze

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MIRANDA TEIXEIRA

Eu já ouvi falar de pessoas que de tão acostumadas com os horários em que acordavam na manhã seguinte, seja por causa do trabalho ou escola, que quando se encontravam de férias, seus cérebro por ter se acostumado com este horário automaticamente encerrava o estado de "hibernação", forçando mesmo que não quisessem o indivíduo à acordar cedo, mesmo que esse não fosse seu plano.

Também sei que outras dependem de seus despertadores com músicas irritantes para poderem acordar, se não, si permitissem estariam dormindo até o outro século, esse segundo tipo, era definitivamente eu.

Mas naquela manhã de terça-feira, eu não acordei como alguém normal.

Não, ao invés do meu amado toque de celular estridente, eu fui acordada de modo abrupto e completamente inesperado.

A primeira coisa que sentir em minha primeira noite dormida em meu novo apartamento, foi uma sensação de ter um peso sobre meus seios, pequeno e imóvel.

Como de um gato, que por ser atrevido, ou por amar demais seu dono, no meio da noite resolvia dormir em cima do seu humano, acontecesse que eu não tinha gatos.

Segundo, o proprietário do imóvel disse explicitamente que era proibido a criação de animais naquele prédio, e por último e não menos importante,  eu conferi se todas as janelas do apartamento estavam devidamente trancadas antes de ir para a cama.

Então se não era um gatinho, fofinho com patinhas pequenas, que ao vê um local que pudesse se abrigar entrou ali na calada da noite,  o que em nome de minha sanidade  andavam entre os meus seios?

Assim que abrir meus olhos para tirar de uma vez por todas minha dúvidas , me deparei com  dois olhos pequenos e pretos me encarando, um focinho rosado e pontudo com longos bigodes que se mexiam a cada fungada em minha direção, suas orelhas enormes estavam paradas e atentas à qualquer sinal de perigo.

O pequeno animal não era nada mais é nada menos quê um rato.

Meu corpo demorou a reagir quando vi o pequeno rato cinzento tão próximo do meu rosto, talvez, por ser inesperado, ou porque meu medo tinha anestesiado os sinais de alerta até ao meu cérebro impedindo de fazer algo..

Mas quando o rato aproximou ainda mais seu focinho de meu nariz, foi como terem ligado alguma coisa em mim.

Um grito alto e estridente saiu de minha boca assustando o pequeno que disparou o mais rápido possível para fora dali, só que infelizmente,- para ele que não foi rápido o suficiente,- teve seu pequeno corpo arremessado contra a parede do outro lado de meu quarto.

E tão rápido que meu corpo podia se mexer, joguei minha coberta para longe de mim, e ainda gritando, sem vê se o rato ainda estava vivo ou morto, engatei em uma corrida desesperada para fora daquela apartamento.

Já fora de meu apartamento, com a porta fechada, e de camisola de seda com detalhes de renda nas alças, foi quando me dei conta que, eu nem morta entraria ali sem ter certeza que aquela praga tinha sido exterminada; e segundo; eu eventualmente teria que entrar para poder me arrumar e ir para o trabalho.

Meus dois motivos; tanto para se manter fora, quanto dentro do apartamento, que por mais contraditórios que fossem, e lógicos, não me fez mover um músculo sequer de meu corpo.

É o pior; em meio aquela correria para fora dali, acabei esquecendo meu celular em cima de minha cômoda.

Enquanto eu estava bolando um plano brilhante de pegar meu celular e evitar o ratinho ao mesmo tempo, só fui perceber que o vizinho do apartamento 6B estava me observando, quando o clarão reconhecível de um flash iluminou o corredor brevemente.

MEU CHEFE DEVASSO ( Em Revisão)Onde histórias criam vida. Descubra agora