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Por Andréia

O cheiro de bacon e panquecas arrancará-me de meu sono,antes mesmo de abrir meus olhos sinto minhas pálpebras latejando, suspirei e puxei a primeira coisa que estava à um palmo de minha mão, por ser macio acredito que seja o travesseiro.

Afundei meu rosto nele aceitando a escuridão, ela era bem vinda, sinceramente não estava pronta para ver o sol matinal, talvez por uns dez anos ainda não estivesse pronta.

Verifiquei o que mais doía, fora as minhas pálpebras tudo estava… Ok.

Franzi o cenho, e foi nesse instante que inspirei o cheiro de amêndoas e um cheiro específico de velas perfumadas, abrir meus olhos e tirei o travesseiro da minha cara ao escutar a porta se abrir.

Diante mim estava uma mulher que nunca vi na minha vida mais que não deixava de ser uma bela visão matinal, ela era minúscula, devia ter uns um metro e sessenta e três de altura, cabelos curtos escuros com mechas azuis e olhos puxados que deletava sua ascendência, sua pele era pálida como marfim qualquer aperto breve devia marcá-la, um chupão em seu pescoço chamou minha atenção, arregalei meus olhos ao ter uma breve lembrança de quem lhe deu aquele chupão.

Eu.

Merda, apesar de minha cabeça está meio bugada, eu tive certeza que ela, essa estranha presenciou um momento bastante constrangedor da minha parte,em que envolvia uma chorosa Andréia quê confundiu ela com Julia -o que era impossível sem várias doses de uma boa tequila,- e atacou a japa em um impulso carnal que felizmente não terminou em sexo porque depois de beija-lá contra sua vontade e tê-la marcado eu repentinamente me tornei uma chorosa se perguntando porque as coisas acabaram daquela forma.

Deus nunca orei para você, mas me diga que essa lembrança é fruto da minha imaginação.

—B-bom dia.- gaguejou ao me vê pela cor avermelhada que se espalhava no seu rosto, então não. Não era uma imaginação.

Ok Terra me engula agora. Obrigada.

Observei, quieta ela carregando desajeitada uma bandeja com acredito que seja meu café da manhã, após colocar na cômoda ao meu lado, e pegar com a mão trêmula um copo de suco e um comprimido e me estender com certa cautela em seu olhar pude perceber que ela estava com receio de que fosse tentar algo.

Eu iria rir se não estivesse tão constrangida quanto ela.

Estava decidido nunca mais eu iria beber.

Meeeentira.

Estava claro que isso era da boca pra fora, mas não custa dizer né?  Peguei o comprimido, arqueei uma sobrancelha em uma pergunta silenciosa.

—É para sua dor de cabeça.- murmurou ela sem graça.

—Obrigada mesmo, mais não carece.- disse colocando o comprimido na bandeja, sentei-me na cama e rapidamente me dei conta que estava com minhas roupas.

Apenas sem meus saltos, e meu humilde relógio de ouro e diamante uma olhadela para a cômoda encontrei meu relógio e os saltos ao pé da cama, também notei a humildade do lugar como o simples piso de madeira perfeitamente encerado, a simples cômoda onde ela devia guardar suas roupas, e o banheiro e a cama que parecia de solteiro diante a minha que era enorme onde oito pessoas poderia dormir confortavelmente.

Pelo som do tráfego, acredito que sua casa era localizado no centro.

Voltei a olhar para a mulher que franzia a testa para mim como quem tenta entender um quebrar cabeça complicado de 500 mil peça.

—Voce não vai tomar o café da manhã? .- questionou petulante.

—Por que me ajudou ?.- perguntei colocando meu relógio.- ou é normal resgatar bêbadas indefesas ?

MEU CHEFE DEVASSO ( Em Revisão)Onde histórias criam vida. Descubra agora