Vinte e um

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Por Marlon

Nunca imaginei que mulheres com saltos altos poderiam correr tanto!

Na lógica eles deveriam dificultar a fuga delas então porque Miranda corria como se fosse uma campeã maratonista? Sinceramente nunca fui atleta, e Brad guardava certa inveja por eu ter um corpo "malhado" sem precisar suar a camisa como ele quem gastava horas na academia e correndo pelas madrugadas que eu fazia questão de gastar dormindo, ao invés de aceitar seu convite.

Nunca me arrependi tanto, eu deveria ter aceitado os convites que Brad fazia e não ficar zombando.

Com certeza eu não estaria com as leves fisgadas de dor em meu lado esquerdo abaixo na barriga e a queimação em meus pulmões que gritavam por ar.

Sendo que corri apenas uns trezentos metros!

Jurei para mim mesmo que se conseguisse parar Miranda, eu seria um atlético dali em diante. Enfim, apesar dela ter tido a vantagem da largada; eu sou homem, e fui abençoado com membros compridos como meus pés que me ajudaram a alcança-lá rapidamente e meus braços longos, que puderam agarrar minha esposa e fazê-la parar.

Miranda quase se soltou de mim, e teria conseguido já que meu estado não era lá os dos melhores; eu estava sem ar mas conseguir mantê-lá contra mim, em um abraço firme, pressionando seu rosto contra meu peitoral.

Não a soltaria por nada; tanto por saber que se a deixasse sair daquele prédio e alcançar seu carro, nas condições que seus nervos se encontrava, Miranda poderia sofrer um acidente, também por que eu não tinha como saber o quê ela faria com nosso filho já que sabia a existência dele.

Não que eu não confiasse em Miranda; ao contrário eu confiava; mas pessoas no calor do momento acabavam fazendo coisas imprevisíveis que poderiam se arrepender profundamente.

Agora com um exame de sangue, sabíamos quem era vencedor daquele contrato, e que minha aposta estava certa., Miranda  estava grávida, e não poderia desfazer nosso casamento graças ao contrato!

Por falar nisso, terei que descobrir uma maneira de fazê-la me perdoa por meu  momento de cretinismo ao esconder sua parte do contrato e exaurir Miranda ao ponto de ser uma sonâmbula ambulante.

--Me solte!.-- exclamou ela se debatendo.

A soltei quando percebi que ela não estava lutando para fugir e sim por ar, quando nós separamos não pude deixar de notar a falta que ela fazia ali.

Em meus braços.

--Você  venceu tá legal ! Vai esfregar na cara ? Olha não precisa me cobrar a minha parte do acordo ok? Eu vou honra o maldito acordo.-- disse ela ajeitando os cabelos seus olhos estavam marejados,e meu anjo bem que tentou esconder sua tristeza.

Algo em meu peito se encolheu, suspeitei que fosse meu coração, sua tristeza afetava meu bem estar, minha intenção não era lhe fazer sofrer como também fazer chorar, quero apenas que ela fique feliz. Sorridente e vívida como à encontrei na boate. Prometi em silêncio que desse dia em diante, eu viveria para fazer meu anjo feliz.

--Quê tipo de homem acha que sou ? Jamais faria isso, apenas não posso permitir que vá embora nessas condições.- disse tocando suavemente seu braço,esperei ela afastar meu toque, como não fui rejeitado segurei seu braço com mais firmeza aproximando-a de mim.-- Você quer que eu a leve até sua casa ? Mais tarde; quando estiver mais calma podemos conversar e vê como será nossas vidas de hoje em diante.

--Me levar para casa ? Como? Se nem dirigir você sabe ?.-- retrucou baixinho enquanto decíamos as escadas.

Revirei os olhos puxando meu celular.

MEU CHEFE DEVASSO ( Em Revisão)Onde histórias criam vida. Descubra agora