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Por Marlon
--Mãe?!.-- exclamou Miranda assombrada
Vi em questões de segundos inúmeros sentimentos passarem em seus olhos; alguns que não pude descrever, até que eles foram suprimidos não sobrando nada além de uma frieza calculista.
--Perdão querida o que disse ?.--perguntou minha mãe olhando entre Manuela e minha esposa.
Percebi neste instante que minha madrasta não tinha aqueles sorriso falso, sua cabeça estava inclinada em confusão; mas pude notar um quê de surpresa .
Elas se conhecem ?
--Você é a mãe de Marlon ?.- perguntou Miranda ainda olhando para Manuela.
Esta que sorriu graciosamente e caminhou até Miranda estendendo a mão para apertar em comprimento.
--Ora não sou não à mãe dele, mas está linda menina aqui é minha filha, Emile venha cá querida.--chamou Manuela
Emile se levantou em um pulo, e timidamente caminhou até sua mãe, evitando olhar para Miranda que fixou os olhos em Emile de modo enigmático.
Aquela situação entre trocas de olhares entre madrasta e minha esposa era totalmente estranha, tive o pressentimento quê algo extremamente importante estava acontecendo, mas não sabia o quê.
Até mesmo meu pai notou aquele clima estranho que estava disfarçado em conversas banais, e como de costume ,- que era sempre-, ele colocava sua máscara de indiferença e seus óculos de cego para qualquer coisa que fosse suspeita referente a sua esposa.
Afinal Manuela para ele era incapaz de fazer algo ruim, ela era perfeita e amável.
Diferente dele, sei quê a minha estava também naquela tramóia, só não sei dizer se isto é coisa boa ou ruim.
Independente do que fosse, eu iria descobrir; estava intrigado e diferente de meu pai, eu não vou me fingir de cego. Se minha mulher tem algo haver com a cobra de minha madrasta eu precisava saber quê tipo de relacionamento elas já tiveram, se Miranda já foi contaminada pela venenosa bactéria, isso poderia ser o fim do nosso casamento.
Não viveria com uma mulher quê já tenha participado de algo semelhante com minha madrasta, eu garanto.
Eu a amava, doeria sim me separar dela, na verdade doer é um eufemismo para morrer lentamente por dentro a cada dia em que fosse acordar e me deparar com minha cama vazia sem aquela mulher.
Mas entre viver uma vida sendo traído como meu pai, eu preferia me precaver e acabar com essa união apenas para voltar a um mundo sem cores e vazio, antes de me enganar sendo iludido e traído, para no fim das contas acabar preso por matar o maldito com quem Miranda teria me traído.
Afasto os pensamentos deste futuro ao toque reconfortante de minha mãe que me tirou das minhas imaginações homicidas.
--Sua mulher precisa de você.-- sussurrou Sarah, seus olhos cor chocolate cheios de sabedoria vasculharam meu rosto antes dela indicar com um aceno de cabeça minha esposa que estava em uma conversa com meu pai.
--Então você é a secretária do meu filho ?.-- a pergunta feita por ele era inocentemente curiosa, mas o brilho que se fazia presente em seus olhos era de alguém que encontrou uma mulher oportunista.
Engraçado que ele via e pensava o pior de outras mulheres, mas não dá sua, já estava prestes a intervir quando Miranda confirmou.
--Sim eu sou, mas antes de meu marido assumir a presidência no lugar do antigo presidente, eu já era a secretária, também me informaram que eu ficaria no meu atual cargo para ajudar meu novo chefe à se ajustar. Devo deixar claro antes de qualquer conclusão precipitada que esteja pensando, eu não sabia quem seria o novo presidente e meu chefe até Marlon aparecer, não é mesmo querido? .-- perguntou Miranda se voltando para mim
--Sim, foi uma surpresa e tanto quando ela me viu e soube quem eu era.--murmurei me lembrando do soco, ainda bem que a maquiagem que Juliana fez no decorrer desses dias ajudaram a esconder o hematoma, até ele desaparecer por completo.
--Como assim soube quem você era ?.-- perguntou minha irmã
Droga, me xinguei mentalmente, já estava para despejar algo que pudesse concertar meu blefe, mas Miranda se adiantou.
--Essa é uma estória engraçada.- ela riu.-- Quando eu conheci Marlon em um restaurante bar próximo ao meu trabalho, ele se apresentou como um arquiteto de passagem sobre o nome Marlon Alonzo.
--Você usou meu sobrenome de solteira porque?.-- perguntou minha mãe franzindo a testa
Todos olharam para mim, eu só pude sorrir e fazer cara de quem foi pego fazendo coisa errada.
--É Marlon porque ?.- perguntou Miranda cruzando os braços
--Porque eu não queria que ela se interessasse em mim como um Wenecker, apenas por um estranho que estava iniciando sua carreira na arquitetura.- murmuro chegando próximo a ela para passar minha mão envolta de sua cintura mas ela deu um passo para trás longe do meu alcance.
-Humpf! Resumindo ele estava com medo que eu fosse uma interesseira. - ela me lançou um olhar acusador, fiz questão de revirar meus olhos
--Não, não; não. Juro que não foi por.... esquece, não vamos brigar de novo.-- pedi
Miranda suspirou como se resolvesse esquecer uma antiga briga, depois olhou para minha família se desculpando a seguir, passou por mim murmurando sobre precisar de uma bebida.
Seu comentário foi o suficiente para eu ir atrás dela.
(...)
Alcancei Miranda já quando tínhamos passado pela cozinha e entrado no corredor que levava em direção aos outros aposentos de nosso apartamento, como o quarto de jogos, cinema, um dos meus lugares favoritos aonde era uma área ampla com janelas que iam do chão ao teto levemente esfumaçadas, de piso de mármore, na área aonde tinha uma jacuzzi que cabiam quatro pessoas ao todo era rodeada com madeira, nela tinha um mini bar estilo havaiano para descontrair o ambiente, e no fim daquele corredor tinha adega.
--Espera.-- chamei segurando seu braço.-- Você não pode beber.
--Oh isso é droga.-- murmurou rouca
--Estava mesmo planejando beber ?.--perguntei surpreso, a forcei a olhar para mim prestes a lhe dar um sermão e as palavras morreram a meio caminho da boca.
Seus olhos estavam marejados, e eles refletiam desespero, ela parecia gritar por socorro.
--Ei, aconteceu alguma coisa? .-- disse acariciando seu rosto carinhoso.-- Você sabe que pode contar comigo, não é?
Meu anjo olhou para trás de mim, e todo sua vulnerabilidade desapareceu, voltando a frieza indiferente.
--Olá estou atrapalhado alguma coisa?.-- a voz rouca de minha madrasta ecoou atrás de mim
--O que você quer?.--pergunto secamente
Vi Miranda olhar para mim parecendo surpresa pela grosseria que mostrei em uma simples pergunta.
--Apenas vim buscar a bebida de seu pai. Sabe como ele adora...
--Não carece que vá buscar, eu e minha esposa somos os anfitriões este dia, não precisa bancar a empregada.- murmurei voltando -me a olhar para Manuela.
Trincou o maxilar e murmurou em concordância antes de ir embora rebolando,olhou para minha esposa parecendo lhe dar um alerta.
Assim que ela estava longe, perguntei.
--Vai me dizer o que está acontecendo?
--Irei.- confirmou ela decidida.- Depois, do almoço eu lhe conto tudo. Ok ?
Procurei algum indício de sua mentira, quando não à encontrei suspirei aliviado, antes de beijar sua testa pausadamente e abraça-lá.
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MEU CHEFE DEVASSO ( Em Revisão)
Non-FictionPLÁGIO É CRIME NÃO PERMITO ADAPTAÇÃO ATENÇÃO!! Ela havia chegado em casa e descoberto que seu homem, aquele que fez juras de amor, que lhe prometeu o mundo, lhe tirou o chão. Justo na semana que seria o seu casamento. Como ele pode fazer isso? ...