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Por Miranda

__Empurra!.- ordenou o Dr.Lino.- Já estou vendo a cabeça!

Gemendo, e fraca de mais para dizer "Estou empurrando porra" olhei para Marlon que me observava cheio de preocupação.

__Está quase acabando meu amor, só mais um empurrão.- disse ele

Sério? Você disse a mesmíssima coisa treze minutos atrás!,-quis dizer sarcástica mais o que saiu foi.

__ Troca comigo então.-sussurro

Céus, eu me sinto tão fraca, escutei ao longe os enfermeiros dizer algo sobre meus batimentos cardíacos, o olhar no rosto pálido de Marlon me assustou, ou iria se eu não estivesse me sentindo tão cansada.

Não sei quanto tempo se passou desde que eu estava ali, perdi a noção do tempo depois de tanto empurra, e respirações controlodas. As dores já não eram insuportáveis, doía? Sim. Eu queria que aquilo acabasse? Óbvio! Eu estava com tanto sono!

E nossa, como eu queria dormir!

__Doutor, não podemos deixar para outra hora ? Vai vê os bebês decidiram adiar para amanhã.- murmurei engolindo em seco, olhei para o doutor Joseph que apenas fez um aceno brusco negando com a cabeça, olhei para Marlon que parecia prestes a chorar seu olhar assustado e zangado para o médico me fez repensar meu pedido.- Marlon eu não..

Sinto o início de uma contração, suspirei, tão cansada... Eu só queria que tudo aquilo acabasse, olhei para o médico, seu olhar firme e decidido me acalmou por um segundo, um médico não olharia para uma paciente daquela forma se ela fosse morrer, ele estaria mais preocupado né?

Umedeci meus lábios.

__Só mais um empurrão?.- pergunto esperançosa

__Sim, apenas mais um e o outro será cesária.

__Ok.- agarrei o braço de Marlon o forçando a olhar para mim, aquele rostinho lindo que tanto amava se aproximou do meu toquei sua máscara frustrada por não senti seu queixo áspero pela barba de dois dias, se não fosse por ele e os quinze copos de cachaça em vegas eu não estaria ali sofrendo.

Quem mandou eu não usar camisinha?

__Eu te odeio.- falei rapidamente ele piscou não esperando isso.- Depois que sairmos daqui, você terá que trabalhar muito para me fazer te amar de novo , escutou? Então não saia me matando em seus pensamentos, eu tenho que viver e ensinar essas crianças ou você vai estraga-las.- sorrir brincalhona

__Eu não vou estragar nossos filhos.- protestou ele rindo

Eu iria rir, mais ao invés disso suspirei, olhei para o médico, reunindo toda a força que me restava, e sem mais nem menos, quando a contração foi tão forte que me fez gritar, eu empurrei, e continuei empurrando até senti uma artéria explodindo em minha cabeça, vi estrelas.

A dor passou, senti o alívio, e então escutei o choro.

E aquela foi a última coisa que vi antes de tudo escurecer.

Por Fernanda

__Inferno!.- bato no PC que simplesmente morreu

Não, não, não , não!

Observei em estado de choque o computador desligar sozinho, mais que merda, liguei o miserável orando para que o arquivo estivesse salvo.

Olhei para o relógio de parede, e suspirei, eu não iria para a festa hoje, mesmo quê eu tenha a sorte de os arquivos não terem apagados eu não conseguiria acabar a tempo de ir para casa e me arrumar, franzi o cenho para meus dedos como se eles fossem os culpados por minha lerdeza no trabalho. É, Miranda iria ficar irritada, eu não saberia porque Brad estava tão ansioso para a festa, e o que ele queria me dizer.

Talvez outra hora, ou, outro dia.

Pego minha bolsa e caço o motivo de eu estar naquela situação, meu celular  que estava no modo "vibrar" para silenciar as tentações das notificações que me chamavam para olhar o Facebook, tinha 34 chamadas perdidas de Brad e 12 mensagens que não tive a oportunidade de ler pois meu celular vibrou mais uma vez com a chamada.

Puta merda.

__Alô?.- perguntei hesitante

__Jesus Nanda onde está você!?

__Hã no trabalho.- respondi confusa.- Porquê? Aconteceu alguma coisa ?

Escutei ele xingando,

__Escuta meu amor, saía daí pela saída do prédio, não fale para ninguém e seja discreta e me encontre no restaurante próximo ao seu trabalho. Agora.

__Brad...

__Nanda, apenas faça o que estou lhe pedindo. Por favor, não tenho tempo para lhe explicar.

__Ok.

A ligação foi encerrada, f ranzi o cenho para o celular, me levantei da cadeira, caminhei em direção ao elevador e me lembrei do pedido bizarro de Brad de ir pelos fundos do prédio.

Beleza, descer seis lances de escadas , sem problema. Sempre fui uma pessoa atlética, pensei sarcástica.

Caminho em direção as escadas, escutei o plim tentador do elevador e olhei sobre meu ombro e vejo alguém inesperado saindo dele.

Meu sogro saiu do elevador parecendo agitado e nervoso , seus olhos cravaram-se em mim como adagas, e como sempre ele colocou aquela expressão fria e esnobe quando ele me via, com uma expressão que deixava clara sua opinião sobre o que ele achava de mim.

Ele não aceitava meu namoro com o filho dele, como uma vez ele apontou na minha cara quê eu não era uma mulher da classe de Brad e quê eu deveria aceitar a enorme quantia de dinheiro que ele depositou em minha conta bancária ( que fiz questão de doar ), e sair da vida do filho dele antes que minha pobreza e simplicidade fosse macular a linhagem Bennett, eu passei a odia-lo, mais por amor a Brad não mencionei o que seu pai fez, afinal eu presenciei que meu namorado não se importava com a opinião de seu pai em sua vida amorosa. E era aquilo que importava.

Mordo o interior da minha bochecha para não xingar.

__Boa tarde senhor Bennett.- sorri educada e caminhei em direção a minha mesa.-Se procura o Brad ele não está aqui mais com o Marlon- falei me inclinando para pegar minha bolsa para ir embora.


Antes que eu a pegasse senti braços me agarrem e um pano ser pressionado contra meu rosto por reflexo prendo minha respiração e pisei no pé de quem me agarrou escutei o xingamento que foi cortado por minha cotovelada bem dada na barriga do cretino.

Fui solta,agarrei a coisa primeira coisa que vi e me virei balaçando o teclado do computador e bati na cara do infeliz três vezes antes de me dar conta de quem era.

Pisquei confusa ao vê meu sogro encolhido e sem ar.

__ Mais que merda?.- exclamo soltando o ar pela boca

__Sua vadia...- xingou ele puxando uma arma

Antes que ele pudesse apontar aquela merda para mim eu acertei sua cabeça com o teclado, seguida por um chute no saco bem dado.

Ele gritou caindo de joelhos e soltou a arma me apressei em pega-la e me afastei do velho antes dele se recuperar, minha auto defesa o pegou de surpresa.

Ri diabólica por sua expressão estuperfata e cheia de dor, cara que Deus me perdoe mais como foi bom bater naquele velho.

Foda-se se ele é meu sogro. Mais quem mandou ele mexer comigo?

__Opa paradinho aí, não se mexa!.- falei quando o vi tentando se levantar pego o telefone, apontei a arma para ele que parou de se mexer, enquanto eu ligava para a segurança  do prédio e explicava o quê aconteceu pensei no que Brad diria se soubesse que bati no pai dele.

Bem, ele entenderia, se não...

Ri diabolica, ele também receberia um chute no saco!



NT

Gentee amanhã eu posto outro, e ele será o penúltimo.

Sim, esta acabando.

Hehe ( finalmente 😂😂😂😂😝)

MEU CHEFE DEVASSO ( Em Revisão)Onde histórias criam vida. Descubra agora