Trinta Sete

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Por Marlon

Não sei qual de nós dois estavam mais agitados durante a espera, entre minha esposa que mordia o polegar,ou , eu que não sabia onde manter minhas mãos, se eram nas pernas macias de Miranda ou junto do meu colo, por fim a primeira opção venceu.

Quando fomos chamados, um calafrio percorreu minha espinha,  segurando a mão pequena de Miranda andamos até a sala da ginecologista obstetra Diana Watson, assim que entramos no escritório com paredes pintadas em beje pequeno e confortável com uma simples mesa pequena, duas cadeiras de frente com a da doutora e um vaso de plantas no canto direito ao lado da porta que entramos, do outro lado do cômodo tinha uma porta branca com uma janela de vidro levemente esfumaçado onde devia ocorrer os exames com as futuras mamães.

Doutora Watson era uma mulher ruiva,de olhos azuis claros, sardas na região de seu nariz pequeno, e pele pálida, ela era magra com seios pequenos e quadris estreitos,devia ter trinta anos, ela era bonita mas não como a mulher ao meu lado, está na qual subitamente espremeu seu corpo no meu, não entendi o porque de Miranda estreitar os olhos e agarrar meu braço com firmeza, doeu um pouco mas não reclamei.

Passou apenas um segundo e meio para eu entender o porquê Miranda estava enterrando suas unhas em meu braço, só quando doutora Watson olhou para mim com aquele olhar de fascinação e admiração com uma dose de luxúria que muitas tinham ao me verem, eu entendi que minha mulher estava enciumada.

Apesar de antes dar muito incentivo quando as damas que tanto admirei me olhasse assim, hoje aquele olhar me fez sentir desconforto.

Não gostei quando ela segurou minha mão tempo demais para ser profissional, ou quando se dirigiu à mim como senhor Marlon e não Wenecker, sinto Miranda bufar como um touro irritado quando agarrou a mão da doutora e à soltou em seguida.

Fiz uma lista mental de trocar de obstetra quando acabasse com aquela consulta extremamente necessária.

Quando a mulher a nossa frente jogou seus cabelos atrás de seus ombros e começou a falar com a voz baixa olhando para mim, sorri sem humor entrelaçando meus dedos com da minha mulher pondo em seguida nossas mãos juntas em cima da mesa, mostrando as alianças que comprovavam nosso relacionamento e ao mesmo tempo dando o recado silencioso que eu já tinha uma dona.

Sinto minha nuca esquentar sobre o olhar de Miranda, quando olhei para ela, minha esposa sorriu lasciva, aprovando minha atitude, mas parece que que não foi recebido com sucesso quando as pontas de uns dedos quê definitivamente não era da minha esposa deslizaram por minha canela até meu joelho.

Que porra?

Doutora fingia que não estava me alisando ao perguntar para Miranda a saúde de sua família  e depois a minha, tratei de cruzar a perna que estava sendo acariciado, minha intenção foi clara,  rejeitei seu toque tentando me concentrar na conversa delas, era importante saber sobre tudo do pré natal, os exames que minha esposa iria se submeter, o que precisaria, ou, o que ela não deveria fazer e comer,as vitaminas que tomaria ou que tipos de exames físicos ela poderia fazer durante a gestação, eu estava devorando a informação com tamanha atenção que quando sentir aquele toque novamente seguido de uma beliscada me sobressaltei, tendo à atenção de Miranda novamente.

A doutora franziu a testa fingindo uma confusão ao meu sobressalto, juro que nunca tive qualquer pensamento violentos dirigidos a uma mulher como agora, descruzo as pernas e cruzei à que ela acariciou sem seu salto.

-Está tudo bem ?.- perguntou Miranda parecendo preocupada

Olhei para a mulher à minha frente de caráter baixo que estava me desafiando a dizer algo, sinto meu maxilar tenso e minha respiração ficar suspensa.

MEU CHEFE DEVASSO ( Em Revisão)Onde histórias criam vida. Descubra agora