Capítulo - Dias difíceis

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Dois meses se passaram, e cá estou eu, na mesma Saulo continua me batendo, me violentando, me humilhando, não tenha um dia que ele não me dê ao menos um tapa, de algum jeito ele sempre procura me torturar, á alguns dia ele pegou Ária e bateu nela até ficar inconsciente e eu, bem eu estava amarrada em uma cadeira a poucos metros dela sem poder fazer nada para ajudar minha amiga, depois desse dia não resisti mais nada que ele quisesse pois ele a ameaçou, se eu não fizesse todas as suas vontades ele iria mata-la e o pior que seria tudo em minha frente, até me afastei um pouco mais dele e de Claire, não quero que minhas amigas sejam prejudicadas por minha causa. Breno está o tempo todo comigo, pois tentei me suicidar diversas vezes, então Saulo o mandou ficar comigo o tempo todo, as vezes ele troca uma palavra ou outra comigo, ele está menos rude. 

Breno- Escuta garota, hoje é seu dia de folga mais como sabe não pode sair daqui, você gostaria de alguma coisa? (ele interrompe meus pensamentos)

Emilly- Não faz diferença nenhuma eu estar de folga ou não, seu patrão vai me estuprar mais tarde, como todos os dias desses dois últimos meses, e eu estou presa aqui nesse inferno. Olha Breno você sabe meu nome pode por favor chamar-me pelo meu nome, obrigada.

Breno- Te chamo do jeito que eu quiser garota, e sobre o que meu patrão faz, não posso fazer nada a respeito, você é propriedade dele, apesar que acho que já foi cruel o bastante com você, mais talvez ele pare com um tempo. Agora dá pra dizer o que você quer, que eu mandarei providenciar.

Emilly- providencie minha morte, por favor. (nesse instante rola uma lágrima por meu rosto, ele se vira, e mais uma vez está diante de mim um Breno que eu gostaria de conhecer, um que parece ter um coração, que tem pena de outras pessoas.)

Breno- você enlouqueceu? Sabe bem que se você tentar se matar ele me mata e depois mata sua amiga, acho que você já percebeu que ele não brinca com o que fala.

Emilly- Sabe dói tanto eu ter que me afastar das minhas amigas, principalmente da Ária, ela é como uma irmã para mim, passamos praticamente a vida toda juntas, mas é pro bem dela e da Claire espero que um dia elas entendam. 

Breno- você quer algo ou não? Droga! (ele grita, já exaltado)

Emilly- pode me trazer sorvete, por favor. (falo num fio de voz.)...

ALGUNS MESES DEPOIS...

Saulo- terei que viajar a negócios, você vai se comportar muito bem, Breno já tem todas as instruções do que fazer caso você queira dar uma de espertinha ou louca suicida.

Emilly- aproveita e morre logo. (ele me acerta um tapa, sinto o gosto de sangue na boca, droga!.)

Saulo- Seu desejo não é uma ordem, quando menos esperar estarei de volta, pra você sofrer um pouco mais. Sairei às 20:00 prepare uma mala para mim, e rápido, tenho pressa. 

Ele sai me deixando no quarto, vou até o banheiro e lavo o sangue da boca, um dia eu aina saio desse inferno, e o mato. Me olho no espelho estou com marcas pelo corpo, tenho cicatrizes das surras que levei, meu cabelo está sem vida nenhuma, tenho olheiras, não dumo direito e choro mais do que deveria, estou visivelmente mais magra, também não como direito. Termino de fazer a mala, quando estou fechando a mesma, Saulo chega.

Saulo- Terminou? 

Emilly- Sim!

Saulo- Ótimo, vou indo quanto mais cedo eu for mais cedo eu volto, não se esqueça comporte-se, sabe bem do que sou capaz.

Emilly- sim.

Saulo- adeus querida. (ele se aproxima de minha boca e em questão de segundos me agarra juntando me a ele, captura meu lábio inferior e o morde, sinto o sangue quente em minha boca, grito com a dor. Logo depois ele me solta e se afasta dizendo: - é para que não se esqueça de mim.

Emilly- Filho da pu*a psicopata desgraçado. (grito aos prantos) 

Minha boca dói muito e ainda está sangrando, vou até o banheiro e mais uma vez lavo minha boca. Pouco depois Breno entra no quarto me procurando, ele está mais solidário, ele me contou algumas coisas sobre ele, de arrepiar poso dizer, ele é uma pessoa horrível, mais tem seus momentos de bondade, posso dizer que nos tornamos colegas.

Breno- Você está bem?

Emilly- não! Você poderia me trazer gelo por favor?

Breno- espere um pouco. ( Ele sai e em pouco tempo está de volta, me trazendo uma vasilha com gelo.)

Emilly- obrigada! ( me encara por alguns instantes, e responde um "De nada" quase inaudível) 

Coloco gelo em minha boca até passar um pouco mais a dor, Breno conversa ao telefone, por seu jeito e suas expressões creio que está falando com Saulo. 

Breno- o senhor Saulo acabou de decolar, disse que em três dias estará de volta e que não é pra você descer pro salão até ele voltar, apenas fará o trabalho domestico.

Emilly- ao menos terei três dias de paz, poderei dormir a noite toda. 

Breno- bom então acho melhor você aproveitar o máximo. Vou sair por algumas horas por favor não tente nada.

Emilly- Relaxa, estou tão cansada que não estou com coragem nem pra me suicidar. (ele revira os olhos e sai do quarto, não parece muito mais ele se diverte comigo, pra falar a verdade o único momento que me esqueço um pouco desse inferno é quando estou com Ele, quer dizer uma parte desse tempo, ele ainda é rude.)



TRAFICADA (LIVRO 1)Onde histórias criam vida. Descubra agora