Capítulo - Psicótico

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Minha cabeça dói, tento abrir os olhos tudo está embaçado, minha sobrancelha dói provavelmente está cortado o soco que Saulo me deu deve ter cortado, tento mais uma vez abrir, com dificuldade consigo abri-los, ainda estou tonta, um odor de sangue invade meu nariz, procuro pelas pessoas que estavam no local mais não tem ninguém, Breno sumiu, Saulo também sumiu, a cadeira que Breno estava tá jogada no chão, um rastro de sangue segue até  aporta, oh meu Deus será que... Não, não pode ser, ele não pode ter matado Breno, droga, eu tenho que sair daqui, ainda estou amarrada na cadeira, tenho que sair daqui, conhecendo Saulo como eu conheço, provavelmente aqueles homens devem estar lá fora, tento folgar as cordas dos pulsos mais é em vão, fico parada um tempo para tentar escutar alguma coisa, ouço algumas vozes, eu estava certa.

Emilly- EII, ALGUÉM ME TIRA DAQUI!!! (Tenho o silêncio como resposta) 

Meus pulsos, minha cabeça e minhas costas doem, estou com sede e fome, sinto latejar a minha sobrancelha...

Emilly- SOCORRO!! ALGUÉM ME TIRA DAQUI... (me debato na cadeira)

Ouço barulho de carro, será que é Saulo, provavelmente sim, aguardo um pouco e grito por socorro novamente, a porta se abre bruscamente, vejo o reflexo de Saulo, ele está limpo, seu perfume invade o local, ele está arrumado, cabelo bem penteado...

Saulo- Já está acordada meu amor? ( ele está sereno, não tem ódio em seu olhar, sua boca está aberta num sorriso perfeito, como se nada tivesse acontecido, ele é completamente louco.)

Emilly- O que aconteceu?

Saulo- nada de mais querida, estava sujo e fui tomar um banho enquanto você dormia, agora estou limpo e cheiroso para você.

Emilly- Como você é capaz de agir nessa naturalidade? Você sabe muito bem que eu não estava dormindo, você me bateu e eu desmaiei. Me tira daqui seu louco.

Saulo- Não fale assim meu bem, eu apenas cuidei de você, por que estava muito alterada, agora que está mais calma podemos conversar.

Emilly- Não temos nada pra conversar, você é doente, o que aconteceu? 

Saulo- Eu apenas cuidei do que estava no nosso caminha, agora seremos felizes sem ninguém nos atrapalhar.

Emilly-O QUE VOCÊ FEZ COM O BRENO???!! ( Suas pupilas dilatam, os olhos escurecem, o ódio eminente retorna o demônio está de volta.)

Saulo- Não precisa se preocupar, foi rápido, lhe garanto que ele não sofreu o tanto que merecia por ter tocado o que é meu. (meus olhos enchem de lágrimas, não acredito que ele o matou.)

Emilly- EU NÃO SOU SUA!!! 

Saulo- É SIM! Você é toda e completamente minha, seu corpo, sua mente e sua alma me pertence. 

Emilly- Você é completamente louco, você é doente tem que se internar.

Saulo- Meu amor, cuidado com o que você fala, pode se arrepender.

Emilly- QUAL É O SEU PROBLEMA? VOCÊ UMA HORA DIZ QUE ME AMA, OUTRA ME ODEIA, NÃO QUER QUE ME TOQUEM MAIS AO MESMO TEMPO VOCÊ ME MANTÉM COM ACOMPANHANTE? (Falo entre prantos, não consigo mais ser forte eu quero entender o que acontece com ele)

Saulo- A única coisa que você tem que saber e ter a certeza é que és minha, faz o que eu quero, como e quando eu quero, isso é o suficiente. Agora vamos para o seu castigo. 

Ele sai do local, capturo tudo o que acontece, pouco depois ele volta com correntes nas mãos, um cacetete de polícia, algemas, entra outro homem com um pode com um pó branco dentro, chicotes de corda com nó nas pontas  e entrega para ele, que coloca tudo em cima de uma mesa de madeira, estou em pânico ele vai me torturar, e será pior que todas as outras vezes. Eu preciso sair daqui, pensa Emillly pensa... 

Saulo- Sabe Emilly, vou aplicar em você uma técnica que aplicaram em mim quando m ais novo, eu aprendi minha lição, resta saber se você aprenderá a sua. (Ele fala despejando o pó branco em uma bacia e junto uma coisa que aparenta ser cola.)

Emilly- Não Saulo, por favor não me bata mais, não aguento mais apanhar. (imploro)

Saulo- Pensasse nisso antes de me trair. ( agora ele passa o chicote na coisa grudenta que ele estava fazendo, ele faz isso numa calma assustadora, meu Deus o que se passa na cabeça desse homem?)

Emilly- Quer saber, fiz e faria quantas vezes ele quisesse, ele foi o único que me tocou com desejo, com paixão, o único que não quis apenas me usar, e depois descartar e se você não o tivesse matado eu ficaria com ele, escolheria ele dez vezes se preciso. (ele me mata apenas com o olhar, más não fala uma palavra se quer.)

Ele aguarda paciente que o chicote seque, esse  tempo morro mil vezes em lágrima e com seus olhares mortais para mim...

Saulo- Então, sabe o que temos aqui? ( ele me mostra o chicote batendo em sua outra mão posso ver um resquício de sangue. Ele continua falando.. ) - Bom eu enluvei o chicote com uma pasta de cola e pó de vidro, como pode ver corta com um simples toque nas cordas, seu comentário anterior... se eu fosse você repensaria no que falou. 

Emilly- Você é um louco psicótico!!! 

Saulo- Continuando, trouxe algemas para suas mãos e pernas e as correntes pra te prender, pra você não tentar fugir claro e eu a parte principal da sua tortura. 

Ele vem até mim e rasga o vestido que eu estava usando, me deixando apenas de calcinha e sutiã, então pega o chicote volta e acerta uma açoitada em minhas pernas, grito com a dor cortante o sangue de imediato escorre em minhas coxas e acerta outra entre meu pescoço e meu ombro grito mais uma vez, ele se delicia com minha dor, seus olhos faíscam prazer em me ver desse jeito, tenho que fugir daqui olho em volta a procura de algo pra me livrar dele, não vejo nada, mais vejo o reflexo de luz na parede logo atrás dele com sorte dará pra eu passar por ali, mais tenho que me soltar primeiro. Como se ele tivesse escutado meus pensamentos ele vem até mim e começa a desatar os nós, minhas pernas e meu pescoço e ombro ardem... 

Saulo- Então amor, está se divertindo? (ele fala enquanto vem até minha frente e termina de desamarrar meus pulsos, é agora ou nunca! Acerto uma joelhada em cheio em seu membro, ele cai com a dor então pego a cadeira com o resto de força que me sobra e acerto sua cabeça com toda a força que me sobrou, ele cai aparentemente desmaiado. Parece que ninguém ouviu seu gemido de dor, corro para o fundo do casebre e vejo a fresta que tem, ao menos passar fome me trouxe uma vantagem, dá pra eu passar me arranhei um pouco mais felizmente eu consegui, corro olhando para trás, ninguém me segue, graças a Deus estou livre, agora é só eu procurar por ajuda e voltar para casa... 





TRAFICADA (LIVRO 1)Onde histórias criam vida. Descubra agora