Capítulo - Momento de Paz

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Estou cansada, nua, suja e com sede, corri daquele lugar feito louca, agora eu estou caminhando sem rumo, a procura de alguém para me ajudar, creio que estou caminhando à mais ou menos uma hora, o sol está quente sinto arder a pele, caminho mais algum tempo então avisto uma pequena fazenda próxima a estrada, corro em direção aquela pequena casa, graças a Deus terei minha liberdade...

Emilly- SOCORRO!!! ALGUÉM ME AJUDA POR FAVOR... (Grito descontrolada em frente a casa, em poucos instantes uma mulher que aparenta uns 40 anos sai na porta com cara de espanto...)

Senhora- Oh! Por Deus menina, o que aconteceu com você?

Emilly- Por favor, me ajude a senhora poderia ligar para polícia...

Senhora- Calma criança, entre vou pegar roupas para você.

Emilly- obrigada. (ela me guia para dentro da casa, me sento num sofá na pequena sala e aguardo, meu peito se enche de felicidade, estou livre, nem acredito que consegui fugir...)

Senhora- Aqui, vá se lavar, quando voltar você me conta o que aconteceu.

Emilly- muito obrigada, não tenho palavras para agradecer.

Senhora- Magina querida, agora vá. 

Ela me mostra onde fica o banheiro entro, me olho no espelho tem um corte feio no ombro e outro na sobrancelha, estou pálida cabelo bagunçado, sangue em meu rosto minha aparência está horrível. Começo meu banho, a água desce misturada com a sujeira e o sangue, estou lavando minha alma, tudo que passei naquele lugar está descendo junto com essa água suja, irei recomeçar minha vida, voltar para casa e irei trabalhar duro para que Saulo, Alexander e a tia deles paguem caro pelo que aconteceu, tenho que fazer algo para tirar Ária e Claire de lá, todas as meninas, eu irei conseguir. Estou de volta a sala, agora limpa e com roupas, a senhora está sentada e me olha com ternura, me faz lembrar de minha mãe, será o que aconteceu com ela, logo irei saber. 

Emilly- Obrigada senhora, as roupas serviram direitinho. 

Senhora- eram de minha filha, ele tinha a mesma estatura que a sua criança, pode me chamar de Anna, eu pedi a meu marido pra ir até a estrada para ligar pra polícia, agora me conte o que houve com você.

Emilly- é uma longa história, eu fui sequestrada, me obrigaram a fazer programa, passei tudo o que pode imaginar, fui estuprada, espancada, torturada, humilhada... (ela escuta e fica abismada com o que estou falando, choro enquanto relato.)

Anna- como conseguiu fugir criança?

Emilly- a senhora pode me achar louca, mais me entreguei ao cara que me sequestrou, ele de um certo tempo mudou de atitude comigo, ficamos mais próximos já que tentei me matar algumas vezes, e o patrão e mandante o matinha em meu pé para que não tentasse novamente. Á três dias atrás Saulo viajou e deixo Breno cuidando de mim, a noite acabou acontecendo e por incrível que pareça, foi perfeito não me arrependo de ter me entregado a ele, más de alguma forma Saulo descobriu, voltou antes do previsto e o pegou, depois foio até mim e me trouxe pro meio do nada onde só tinha um casebre e mais nada, nesse casebre ele torturou Breno, e o matou, eu estava inconsciente pois ele tinha me batido, ele ia me torturar com um chicote coberto por pó de vidro, ainda me deu duas açoitadas mais consegui fugir, corri até não aguentar mais, vi sua casa e vim pedir ajuda. 

Anna- Nossa meu bem que coisa horrível, mais não se preocupe logo Pedro meu marido chegará com a polícia e todo esse pesadelo irá acabar, mas como você se chama, qual sua idade e de onde você é? Pelo seu sotaque não é daqui.

Emilly- Não sou mesmo, eles me trouxeram do Brasil, do Rio de Janeiro, me Chamo Emilly e completarei 21 semana que vem. 

Anna- Emilly, seu nome é lindo, você deixou família no Brasil?

Emilly- deixei sim, minha mãe que estava muito doente, e dois irmãos. 

Anna- depois disso você não teve mais notícias deles? a quanto tempo isso aconteceu com você? 

Emilly- Não, quando eles me sequestraram eu estava no hospital com minha mãe, ela teve uma crise e estava muito mal.  Completou um ano essa semana.

Anna- nossa, sinto muito. 

Emilly- a senhora disse que essas roupas eram de sua filha, o que aconteceu? (mudo de assunto)

Anna- oh sim, minha filha Samanta, ela morreu a alguns meses atrás, ela tinha 23 anos, era muito linda, espontânea, gentil, más infelizmente nos deixou muito cedo.

Emilly- Oh, sinto muito Anna, sem querer ser indiscreta mais do que ela morreu? 

Anna- Ela adoeceu, no começo não parecia muita coisa, apenas dores de cabeça, as vezes um mal estar, mais depois disso foi apenas piorando quando a levamos no médico era tarde de mais, o câncer que ela tinha no cérebro já estava avançado e não podia mais ser feita a cirurgia.

Emilly- Oh, que coisa horrível, sinto muito mesmo. 

Anna- obrigada criança. Aceita um café? (ela muda de assunto)

Emilly- adoraria. 

Vamos para cozinha, ela prepara um café e coloca um bolo na mesa, e me serve, está uma delícia, conversamos mais sobre muita coisa, quais são os meus planos quando voltar entre outras coisas. O marido dela está demorando tanto, parece uma eternidade. Ela me mostra a o restante da casa e uma parte da fazenda. 

Emilly- Dona Anna a senhora me desculpe mais estou tão cansada e com dores, será que podemos voltar? (falo sincera)

Anna- oh querida claro, desculpe eu tagarelando aqui nem me lembrei que você passou por coisas horríveis, vamos vamos. 

Voltamos pra dentro de casa, ela me deixou descansar um pouco no antigo quarto da filha, peguei no sono em pouco tempo, estou serena como a muito tempo não ficava, acabo sonhando com Breno... 

"Breno- Emilly, que bom que conseguiu fugir...

Emilly- Breno, você está aqui mesmo? mas o Saulo disse que matou você..

Breno- não se preocupe minha ruiva tudo vai ficar bem... (ele me abraça)

Emilly- eu tive tanto medo, ele é louco. (me solto de seu abraço, más quando olho para ele, está todo machucado e coberto por sangue...)

Breno- Isso é tudo culpa sua Emilly, estou morto por sua culpa. (ele berra para mim, estou em prantos)

Emilly- não Breno, eu jamais quis que isso acontecesse, me perdoe... (Nesse momento Saulo aparece e atira diversas vezes em Breno, gritando "ISSO É CULPA SUA EMILLY...") "

Acordo num sobressalto, estou suada e ofegante foi um pesadelo, um sentimento de culpa me invade, ouço barulho de carro me levanto e vou correndo para sala enfim estarei livre completamente, Dona Anna está sentada no sofá assistindo uma novela...







TRAFICADA (LIVRO 1)Onde histórias criam vida. Descubra agora