Henrique entrou a correr pela universidade a dentro.
- Bom dia, Vanessa! - nunca esquecendo as boas maneiras.
- Henrique, espere!
Henrique parou de correr com a respiração acelarada.
- Vanessa, não quero ser rude, mas já estou atrasado. - desclupando-se e voltando-se para o corredor.
- É sobre a sua amiga.
Henrique petrificou, voltou-se novamente para Vanessa, correndo para ela.
- O que é que aconteceu à Aurora?
- Ela foi para o hospital... - Vanessa não conseguiu acabar a frase pois Henrique já corria na direção oposta à da universidade. - ...com a menina Angela! - mas Henrique já não a conseguia ouvir.
- Táxi! - chamou Henrique, mas ninguém parava, decidiu ir pelo próprio pé, correndo três quarteirões para sul.
" Hoje, como todos os restantes dias, a sorte não está defenitivamente, do meu lado! " pensava enquanto corria. As pessoas da rua olhavam no de lado como se pensasem que ele era um maluco que tinha fugido do manicómio. " Se calhar eu sou mesmo maluco! "
- Não! Não! Só podem estar a gozar comigo!
A sorte não estava a melhorar. Muito pelo contrário ainda piorou. Na sua maratona até ao hospital, Henrique deparou-se com um bando de pombos, no meio do passeio, não se importou continuando a correr, enquanto os pombos assustados levantavam voo. O que Henrique não sabia era que estes tinham acabado o almoço e decidiram... Vingar-se.
Henrique ainda correndo gritou para o céu:
- Deus se estás a ouvir as minhas prezes, por favor, deixa me chegar são e salvo ao hospital!
Henrique avistou o hospital só teria que atravessar a rua e não ser atropelado, mas como a sorte de Henrique não estava do seu lado,o sinal dos piões estava vermelho. Demasiado ocupado para esperar, atravessou a correr, sendo alvo de um carro que travou a fundo a ponto de não atropelar Henrique, mas ao ponto de lhe dar um belo raspanete, mas Henrique seguiu caminho.
Henrique entrou no hospital a correr, sentindo logo o cheiro comum aos hospitais, como ele detestava aquele cheiro, franzio o nariz.
- Bom dia! - cumprimentou a enfremeira com cabelos loiros e olhos castanhos. - Deram entrada nas urgências de Aurora Morais?
- Não foi a Aurora paspalho. - ouviu Henrique por detrás de si, sentindo uma mão no ombro. Voltou-se para trás e deu de caras com Rodrugo. - Foi a Angela, troceu o pé, na aula, e bateu com a cabeça no chão, que fez com que ela desmaiasse.
Henrique suspirou aliviado por Aurora estar bem, mas receoso por Angela.
- Como é que ela está?
- Está bem, foi só um pé torcido e um galo na testa, mas ela já está bem e fora de perigo. O Gonçalo fez o favor de ir a cada uma das nossas salas, chamar-nos pessoalmente enquanto esperavam pela ambulância. Viemos todos com ela. - Rodrigo fez uma pausa no seu discurso. - Então e tu porque é que não foste ás aulas da manhã?
- Uma longa história. Onde é que ela está agora?
- A Angela ou a Aurora? - perguntou Rodrigo fazendo-se desentendido, rindo.
- As duas!
- A Angela está no quarto a descansar, com o Gonçalo ao seu lado è espera que acorde. Eu e a Aurora fomos buscar café.
Henrique reparou nos dois copos com café que Rodrigo trazia na mão.
- Henrique, por onde andaste? - perguntou uma voz doce.
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a cor da vida
Teen FictionA história de uma rapariga de 16 anos, que foge para Londres onde faz um amigo para a vida e onde desenvolve o seu conhecimento e paixão pela música e pelas artes.