Dia 6 de Julho de 2014

15 0 0
                                    

Henrique abriu a porta de acesso ao bar da universidade, onde se encontravam Rodrigo, Gonçalo, Angela e Aurora, os quetro almoçavam e conversavam animadamente.

O rapaz de olhos verde azeitona aproximou-se da mesa onde o grupo se tinha instalado, e num simples e breve ato, levou a sua mão direita, aberta, em de Aurora, com a intenção desta a agarrar.

- Quero-te mostrar uma cena. 

Angela com a boca entreaberta de espanto e admiração, cruzou olhares com Aurora, esta estendeu a mão igualmente para Henrique. 

Ao toque mais leve da pálida mão da rapariga de olhos azuis, o rapaz fechou a mão com força mas de forma suava a não a magoar e levantou-a da cadeira de onde estava sentada. 

Ainda com os dedos entrelaçados um no outro saíram do bar, em direção à bebé.

- Onde me levas?!

- Já vais ver!

As horas seguintes foram passadas numa longa viagem de carro. Seguiam por uma estrada nacional que lhes dava uma paisagem da natureza e das pequenas aldeias e ambientes diversos que existiam além do centro agitado e poluído de Londres.

- Ainda falta mundo?! - resmungou Aurora pela vigésima vez numa viagem de duração de uma hora, roubando os oculos de sol que Henrique dispunha. 

- Vai se não me devolveres os óculos de sol! - respondeu recuperando assim os seus óculos de sol, retirando-os da face de Aurora que apresentaram novamente os seus olhos cor de mar. Aurora bufou e Henrique ao reparar no aborrecimento da amiga, retirou o elástico que prendia o cabelo da mesma num rabo de cavalo.

- Devolve-me isso! 

Henrique esticou o braço com o elástico na direção oposta a de Aurora. Os cabelos longos cor de carvão de Aurora caíram lhe sobre os curtos ombros que esta possuia. Depois de muito lutar Aurora convenceu-se que Henrique ganhara. 

- Vou amuar! - declarou cruzando os braços.

Henrique gargalhou e olhou atentamente para Aurora, esta tinha vestido um top preto dos Rolling Stones, calças de ganga e calçado os seus velhos vans pretos. O cabelo estava ao natural assim como a sua cara, sem maquilhagem.

- Já chegamos!

Aurora saiu porta fora do carro agora estacionado numa falésia que dava uma vista belissima para o mar. Aurora fez uma roda e correu para Henrique abraçando-o.

- Obrigada! Que sítio mais maravilhoso! - disse laragando o pescoço do rapaz e olhando agora mais detalhadamente para a paisagem que tinha à sua frente.

Todos os cinco sentidos de Aurora estavam no seu auge. A sua visão estava pretificada a olhar para aquela imensidão azul, a sua audição era ocupada pelo som das ondas a bater na costa, o som era lhe familiar e algo reconfortante, o seu olfato invadido pelo cheiro água salgada, Aurora quase que sentia no seu paladar o saber refrescante da água do mar e o seu tato? Protegido por Henrique que agarrara discretamente a mão direita de Aurora.

a cor da vidaOnde histórias criam vida. Descubra agora