Dia 4 de Julho de 2014

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A correria, a excitação, o entusiasmo que aquela universidade continha dentro das paredes já antigas mas ainda exibindo a sua grandiosidade, era contagiante. Todos os que estavam entre aquelas paredes, pareciam que tinham entrado num transe profundamente profundo. Aquelas paredes tinham um poder magnifico e mágico, de arrancar os problemas e revelar o verdadeiro artista dentro de cada um de nós. Quem entrava pela porta, os seus problemas ficavam lá fora! Como se uma rabanada de vento nos atingisse, e os problemas fossem com essa mesma rabanada de vento, que limpava o espiritos aos jovens, rebeldes e livres estudantes que por aquelas portões entravam. Eram estes sentimentos e emoções que a maior parte dos estudantes sentiam à flor da pele, incluindo Aurora que descia as escadas dos domitórios até ao hall de entrada da universidade.

- Bom dia, Aurora. - comprimentou a rececionista Vanessa com o seu sorriso habitual.

" Se algum dia aquela mulher não estiver a sorrir eu penso que é mentira! "

- Bom dia, Vanessa... - retribuiu Aurora, mas com um sorriso minimo, Vanessa assentiu com uma pena no olhar.

Aurora seguiu a sua travessia até ao bar. Na sua viagem passou por estudantes de todas as formas e feitios. No mundo das artes, os jovens aspirantes das artes, eram livres, rebeldes, fortes, não tinham medo de nada nem de ninguém, puxavam de si até ao seu limite mais extremo, não precisavam de bens materias. O seu oxigénio era o desenho, a música ou a dança.

Entrou no bar e foi para a mesa em que o grupo normalmente se sentava. O bar não tinha a quantidade de gente que havia nos interalos, visto que ainda faltavam 10 minutos para tocar para a saída dos alunos para os respetivos intervalos.

Aurora ajeitou a sua t-shirt azul petreoleo larga mas curta depois de tirar o seu casaco branco. Para completar o visual conjugou umas calças pretas de cintura subida, os seus vans pretos e a sua mochila preta de onde tirou o iphone preto.

" Para ninguém que eu sou antisocial ao ponto de estar num bar sozinha vou mexer no telemóvel, como se estivesse a falar com alguém, por mensagens. "

Desbloqueou o dispositivo e carregou na aplicação " Fruit Ninja ". Começou a jogar e concetrou-se e focou-se de tal modo que não se tinha apercebido que já tinha tocado.

- Que criancinha autêntica! - acusou uma voz bastante familiar.

- Cala-te, Rinoceronte de olhos verdes! - ripostou Aurora gargalhando, voltando se para trás olhando o rapaz que passara noite no hospital com ela e desfrutara a terceira guerra mundial.

- Aurora! - gritou Angela abraçando a rapariga de cabelos pretos. - Estás melhor?

- Sim, muito melhor, obrigada. - disse dando um sorriso.

Angela tem se tornado uma pessoa muito especial para Aurora, tem na apoiado imenso assim como Aurora tem ouvido Angela a falar do Gonçalo, das aulas de dança e dos ensaios para o espetaculo final de curso que se realizaria no meio do mês de Agosto, em que orquestra e dança se apoiavam mutuamente. Ambas pareciam que se conheciam à anos, eram a irmã que nunca tiveram.

- Olá, Aurora, ainda bem que estás melhor! - disse Gonçalo depositando um beijo na testa da amiga.

Gonçalo tem se revelado, uma pessoa simpatica e divertida. Aurora estava verdadeiramente contente por ele e por Angela, faziam o casal mais querido que Aurora conhecia.

- Tu não te atrevas a pegar me mais nenhum susto daqueles ouvistes? - dizia Rodrigo, colocando a sua mão no ombro de Aurora sorrindo lhe carinhosamente.

Aurora colocou a sua mão sobre a de Rodrigo, sorrindo-lhe de volta. Henrique começou a sentir a fúria e creScer dentro de ti. De repente levantou-se com o seu sorriso mais forçado e disse entredentes para Rodrigo:

- Vamos buscar alguma coisa para comer? - Rodrigo simplesmente assentiu ligeiramente com a cabeça.

Assim que ambos os rapazes foram para a fila, Angela dirigiu-se a Aurora.

- Aí os cíumes!

- O quê? - perguntou Aurora constragida com a afirmação de Angela.

- O quê ainda não notaste? - interveio Gonçalo.

- No quê?

- Na forma como ele olha para ti! Na forma como ele ontem ficou no hospital contigo. No brilho dos seus olhos sempre que fala contigo! Na forma como te protegeu no acampamento! - explicou Angela.

- Oh ele faria isso com qualquer uma!

Gonçalo olhava Aurora com a expressão " Faria mesmo Aurora? " deixando uma duvida palusivel a rebobinar na mente de Aurora.

- Café com leite e corassant misto para Angela. Iogurte para Gonçalo. - disse Rodrigo entregando os pedidos aos amigos referentes.

- E uma garrafa de leite com chocolate e um pão de leite misto para a formiga achocolatada! - disse gargalhando com Aurora.

- Não era musical?

- Mudei de ideias!

Quando os risos cessaram, Aurora cruzou o olhar com Angela que tinha um sorriso malicioso na cara com a mensagem " Vês eu tenho razão?! "

Quando todos os risos, conversas, agradecimentos e afins acabaram ouviu-se o toque de entrada. A população excessiva do bar estava agora a escoar pelas portas de vidro deixando os mais rebeldes ou os mais atrasados e distraídos ainda no seu interior.

Gonçalo levantou-se e estendeu a mão para ajudar Angela que entrelaçou os seus dedos e sairam do bar despendindo-se de Aurora, que estava interdita de ir ás aulas, por ordens do médico. Rodrigo reparou numa rapariga morena que ia a sair do bar e foi no seu encalce, fazendo os restantes rirem da sua atitude mulherenga.

Henrique virou-se agora para Aurora, ainda sentada. Estendeu-lhe a mão como nos filmes dos principes encantados e perguntou?

- Daí-me a honra de amanhã me acompanhar num jantar a dois?

a cor da vidaOnde histórias criam vida. Descubra agora