Dia 11 de Julho de 2014

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        Era tarde, Aurora estava cansada após um dia a tocar na orquestra, o concerto seria no primeiro dia do mês de agosto e Aurora já conseguia sentir os nervos à flor da pele. As portas metálicas do elevador abriram-se lentamente, Aurora arrastou-se até ao quarto. Abriu a porta e deixou-se cair na cama, podia muito bem deixar-se ali ficar até ao dia seguinte, como isso lhe saberia bem, mas alguém acabara de bater à porta de forma a interrumper-lhe os pensamentos.

- Entre! - disse desesperada por um pouco de paz.

- Aurora!

- Diz, Angela.

- Queres vir sair conosco? - perguntou amavelmente Angela, sentando-se ao lado do corpo imóvel de Aurora.

- Hoje não. Angela, desculpa estou morta, secalhar amanhã.

- Ok. - disse Angela, dirigindo-se à porta, abrindo-a e deixando Aurora de novo sozinha no seu quarto.

        Aurora, ali se deixou ficar, imóvel, a respirar profundamente, no silêncio da escuridão que lhe invadia o quarto. Por mqais que aquele silêncio e solidão lhe soubesse bem, faltava-lhe algo que Aurora não sabia o que era. Levantou-se, tomou banho, vestiu o pijama e colocou-se dentro da cama, tentou dormir, mas sem sucesso.

" Será do calor?" 

        Destapou-se então. Continuava se conseguir dormir.

" Será da almofada?"

        Amachucou e revirou a almofada. Continuava sem conseguir dormir.

" Será das luzes de lá de fora?" 

        Levantou-se e fechou as persianas. Continuava sem conseguir dormir.

" Será de a televisão estar desligada?" 

        Ligou a televisão. Continuava sem conseguir dormir.

" Que será então?"

        Aurora agora desesperada, sem saber que mais fazer para poder adormecer.

" Já que tenho a televisão acessa, mais vale esperar que o sono venha."

        Agarrou no comando e mudou para o melhor canal do mundo, o canal onde passava o spongbob, eram nove e meia da noite e Aurora fez então aratona de spongbob até ás onze, hora em que o spongbob acabou.

" E agora?"

        Aurora, estava como perdida num deserto, era sexta à noite, estava sozinha, não sabia o que fazer e tinha fome. Deitou-se, de barriga para cima, olhou para o teto, pensando o que lhe estava a faltar, mas nada lhe ocorria. Sentia-se tão sozinha. Sentou-se na cama e dirigiu-se à janela, observando as ruas de Londres, iluminadas pelas luzes, vazias e solitárias tal como Aurora se sentia.

" Não vou ficar aqui! "

        Correu para o armário, de lá retirou umas leggins pretas, os seus vans pretos e a sweetshirt que Henrique havia deixado desde do treino de skate, vestiu-se e correu em direção ao elevador, chegando à porta da universidade chamando um táxi.

- São cinco libras. - disse o taxista chegando ao destino.

        Aurora estendeu-lhe a mão com o dinheiro.

- Fique com o troco.

- É muito amável da sua parte.

        Aurora tinha a noção de que era bastante perigoso andar, pelas ruas de Londres a estas horas da noite. Avistou uma pizaria, onde comprou uma piza familiar de queijo e fiambre, ainda estava quente e cheirava a queijo derretido que fez Aurora salivar.

" Só falta um promenor"

        Dirigiu-se ao fundo da rua, onde se encontrava ma casa bastante familiar, dirigiu-se ás traseiras e bateu no terceiro vidro.

- Que fazes aqui?

        Aurora abriu a caixa de piza que por ainda estar quente, deitava fumo e um cheiro deliciante.

-Sempre.

        Rinoceronte de olhos verdes, saltou pela janela até ao seu quintal, ostentava uma t-shirt e uns calções.

- Não devias já estar a dormir, Branca de Neve?

-Não tinha sono.

- Essa sweet não é minha?

- Era.

        Ambos gargalharam, sentaram-se num canto do pequeno quintal de Henrique e abriram a caixa da piza, que devoraram em menos de nada. Henrique olhava para Aurora, atentamente.

- Tu és louca. 

- Tu gostas.

- Nunca disse o contrário. 

        Aurora corou com a contraresposta de Henrique. Deixaram-se ficar ao luar.

- Bem está na hora de eu me ir embora.

- A estas horas? Ficas cá em casa, amanhã é sabado, não temos universidade, e quero-te levar a um sitio.

-Ok.

- Ok.

a cor da vidaOnde histórias criam vida. Descubra agora