POV Priscila
Estávamos em frente ao Departamento onde Alex trabalha, estávamos dentro do carro, Natalie estava muito ansiosa, eu estava realmente feliz por ela, era uma conquista da qual ela foi a principal testemunha, se não fosse pela coragem dela, isso não estaria acontecendo.
Natalie – Será que vai demorar – Ela perguntou um pouco impaciente.
Priscila – Calma amor, Alex falou que aconteceria no final da tarde, e agora ainda são 16 h. – Falei enquanto acariciava seu rosto.
Natalie – Eu sei – Ela falou com ar de derrota e logo concluiu – só estou ansiosa.
Priscila – Eu sei Nath, vem cá – Trouxe ela para o meu colo, que aceitou sem reclamar, ela sentou de costas para mim. – Você esta tensa precisa relaxar um pouco. – Falei enquanto massageava seus ombros. Natalie gemeu em aprovação, ela realmente é linda, fiquei observando cada detalhe dela, como ela girava o pescoço aproveitando a massagem, o modo como ela organizava os cabelos pro lado, me dando mais visão de seu pescoço, que por um momento parei para admira-lo. Não conseguindo me conter depositei um beijo casto no vão entre seu pescoço e seu ombro onde estava minha mão.
Natalie – Priscila – Ela falou ofegante, em um tom quase inaudível.
Priscila – Hum? – resmunguei tão baixo quanto ela – Só estou fazendo uma massagem pra você relaxar meu amor – Falei de forma cínica, eu adorava provocar ela.
Natalie – É só pra relaxar? – Ela falou enquanto começou a rebolar em meu colo.
Priscila – Aham – Soltei quase como um gemido, aquele contato estava me deixando louca – Natalie...
Natalie – Pra você relaxar namorada... – Ela falou provocativamente, e isso foi o estopim. Envolvi sua cintura em meus braços, abracei e a trouxe mais para mim, eu estava querendo mais contato, e ela continuava rebolando, agora mais de vagar porem eu estava enlouquecendo, estava acariciando seu abdômen, e inalando o cheiro que emanava de seu pescoço. Logo senti ela pulando do meu colo para o banco do carona.
Priscila – Que foi amor? Fiz alguma coisa errada? – Perguntei preocupada olhando para seus olhos.
Natalie – Claro que não linda – ela falou me abraçando, depositou um beijo inocente em meu pescoço, e logo continuou – É só que você esta me deixando louca, e também a policia acabou de chegar – Ela falou fazendo sinal com a cabeça, para que eu pudesse ver uma viatura da policia e Stef saindo da mesma.
Priscila – Tem certeza que eu não fiz nada errado? – Perguntei apenas para me certificar que não estava forçando a barra.
Natalie – Aaarhrhhh – Ela falou me abraçando agora de forma quase sufocante – Por que. Você. é. Tão. Linda. assim? – Ela perguntou me enchendo de beijinhos pelo rosto todo.
Priscila – Por que eu te amo. – Falei retribuindo o abraço. - Vamos esperar fora do carro? – Perguntei e no mesmo instante ela assentiu.
Pov Natalie
Descemos do carro, Priscila se encostou nele, e me puxou , me abraçando por trás, ficamos ali rindo e conversando, eu estava aproveitando Maximo aqueles carinhos, ela apoiou a cabeça em meu ombro, eu estava segurando seus braços que estavam enlaçados em minha cintura de forma possessiva. Estávamos rindo quando a porta do enorme prédio foi aberta, de lá saia a inspetora, ela vestia uma calça social cinza, com uma camisa branca e por cima estava com um blazer da mesma cor da calça, e um scarpin preto, suas mãos estavam para trás algemadas, ela estava sendo guiada por Stef, que estava fardada e acompanhada de mais dois policiais, logo atrás delas vinha Alex. Nossos olhares se cruzaram e então pude olhar nos olhos dela e não desviei, não perdi aquela batalha, todas as outras vezes eu quase nunca podia olha-la nos olhos, era sempre eu que desviava o olhar, mas hoje não, hoje fiquei olhando em seus olhos até que ela desviasse o olhar, olhar esse que emitia toda raiva e fúria que ela estava sentindo, e assim aconteceu, essa batalha eu havia ganhado. Observei a cena, com muita atenção, queria realmente saborear aquele momento, em que não era uma garota de reformatório que estava sendo levada, algemada pela policia, e sim a Inspetora, aquela que tornou a vida de muitas garotas infeliz, aquela que traumatizou centenas de meninas, simplesmente por fingir não ver as coisas. Era ela, algemada presa. Era ela que estava sendo posta dentro de um camburão. Tinha muita gente por ali, inclusive à imprensa para registrar o momento em que uma inspetora que trabalhava para governo, estava sendo levada pela policia e acusada, de formação de quadrilha, desvio e lavagem de dinheiro, e muitos outros crimes que a mesma cometeu. Estava observando tudo, com uma estranha calma, não havia percebido que lagrimas escorriam dos meus olhos, despertei da minha intensa concentração, quando ouvi a voz da Priscila em meu ouvido.
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Singular #Natiese (CONCLUÍDA)
FanfictionDuas jovens totalmente diferentes acabam se trombando na vida. Uma é bem de vida, tem pais que lhe dão tudo, porem não gosta de depender deles, se formou recentemente, e esta mudando da casa dos pais para um apê que será seu. A Outra órfã cheia de s...