Tudo que Sophia mais evitava nesse mundo era reencontrar Lorenzo García, irmão de sua melhor amiga Bárbara e uma antiga paixonite de adolescente não correspondia. Só que o destino é de fato uma caixinha de surpresas e depois de anos resolveu colocá...
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E a paz volta a reinar em minha vida, Lorenzo e Sophia se acertaram, minha mãe voltou para o Brasil e Romeu para São Francisco. Era para mim estar feliz certo?
Então por que continuo com um mau humor dos infernos?
Provavelmente devo estar ficando de TPM, só isso explica. Depois de deixar minha mãe no aeroporto fui direto para a agência, já que mente vazia é oficina do diabo então vamos trabalhar e deixar o amigo "demo" ocupar outras mentes.
-Bárbara com licença, preciso de suas assinaturas nesses documentos. Aaahh já iria esquecer um tal de Paolo ligou e pediu para você retornar assim que possível. -minha assistente diz.
-Ok, obrigada!
Era só o que me faltava, devem ter aberto a porta do cemitério pois todos os mortos resolveram aparecer. Para quem não sabe Paolo é um ex peguete que cismou que iríamos nos casar, desde o dia que ele falou isso eu me afastei.
Não que eu tenha algo contra relacionamentos e casamentos, apenas acho que isso não foi feito para mim. Mas o problema agora é o que o infeliz quer comigo depois de tanto tempo, eu dei graças a Deus que ele havia sumido.
Foco no meu trabalho e deixo para ligar pra ele depois ou talvez nunca, enfim passo o dia trabalhando e realmente esqueço dele. Na hora de ir embora quem encontro na porta da agência o próprio infeliz me esperando.
-Ora, ora se não é a mulher mais linda de toda Itália. -ele diz e eu quase reviro os olhos.
-Olha ele, continua o mesmo de sempre. O que faz aqui?
-Fiquei esperando uma ligação de uma loirinha e como não aconteceu resolvi vir pessoalmente vê-la. -agora me arrependo de não ter ligado.
-Passei o dia enrolada, aliás ainda estou pois tenho uma reunião com uns investidores daqui a pouco. -minto.
-Mas será que não tem 10 minutos para tomar um café com um velho amigo.
-Infelizmente não, quem sabe uma próxima vez. -digo e caminho até o meu carro.
Mas claro ele vez atrás e me puxa pelos braços fazendo eu ficar de frente para ele. Juro que ele nunca me fez nada além de querer um compromisso, mas agora eu estou com uma certa repulsa dele.
-Ah qual foi loirinha, vamos sair um pouco e relembrar os velhos tempos. -ele diz fungando meu pescoço.
-Me solta, acho que não fui muito clara com você. EU NÃO QUERO SAIR COM VOCÊ, MUITO MENOS RELEMBRAR OS VELHOS TEMPOS. -falo quase soletrando.
-Continua a mesma amarga de sempre, só o que salva em você é a beleza mesmo. -ele cospe as palavras e se vai.
Fico ainda um tempo parada igual uma estátua refletindo o que ele acabou de falar. Será que sou amarga? Sou apenas um rostinho bonito e nada mais?
