Tudo que Sophia mais evitava nesse mundo era reencontrar Lorenzo García, irmão de sua melhor amiga Bárbara e uma antiga paixonite de adolescente não correspondia. Só que o destino é de fato uma caixinha de surpresas e depois de anos resolveu colocá...
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Minha intenção hoje era beber moderadamente apenas para relaxar um pouco, mas quando o primeiro gole desceu trazendo aquela sensação de liberdade já me vi perdida. Comecei bebendo Bellini que é uma composição de prosecco e suco de pêssego, é uma bebida doce e típica daqui da Itália.
Estava tudo indo muito bem, eu e Bárbara conversamos e rimos muito, rolou até uns olhares com um aqui e ali. Mas o inimigo é sujo e resolveu se apossar do meu corpo hoje, quando dei por mim já estava com um copo de um líquido âmbar meio alaranjado na mão e daí eu já não respondia mais por mim.
Queria extravasar, me libertar de algo que estava me sufocando. Levantei e caminhei até o interior do pub onde estava rolando uma música que nunca ouvi na vida mas que tinha uma batida gostosa para dançar, deixei o ritmo comandar meu corpo e me entreguei ao momento.
Bárbara logo me acompanhou, ficamos nós duas no meio do salão dançando e esquecendo que existia um mundo lá fora. Uns carinhas se aproximaram e nos rodearam, minha situação alcoólica nem reparou se eram gatinhos ou não.
Também nem tive tempo para analisar pois quando dei por mim já estava sendo carregada para fora, fiquei desnorteada tentando lembrar o que fiz mas nada vinha na minha cabeça. Quando finalmente chegamos do lado de fora custei a acreditar quem era o responsável por me tirar de lá de dentro.
Era ele, Lorenzo!
-Me solta você é maluco? O que está fazendo aqui? Quem te deu o direito de me carregar dessa forma? -indago com sangue nos olhos.
-Tinha uma roda de homens ao seu redor, você deveria me agradecer isso sim.
-Isso é para rir? Dane-se que tinha uma roda de homens ao meu redor, isso não é problema seu. Você não é nada meu, vai cuidar da sua noiva e deixa que de mim cuido EU! -grito.
-Eiiii vamos embora daqui, já tem gente olhando torto para vocês. -Bárbara intervém.
-Acho melhor mesmo irmos para casa. -ele fala me encarando.
-Pois eu não vou, ainda tenho a noite toda pela frente. -falo.
-Ah mas você vai, nem que seja carregada. Aqui você não fica mais um minuto se quer.
-Amiga por favor vamos, já bebemos muito e amanhã tem a festa. Faz isso por mim por favor! -Bárbara pede.
-Vou por você. -digo a ela. -Enquanto a você, me mira mas me erra! -falo para ele.
Me viro para ir na direção do carro mas me lembro que viemos de táxi justamente por que iríamos beber. Quando me viro para chamar um táxi sou suspensa do chão por braços fortes.
-Me põe no chão seu idiota! -grito enquanto soco suas costas.
-Fica quietinha que todos estão olhando para a gente. -ele fala.
