A casa do lago revelações

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Autora Eli Souza

*Susana*

_ Oi eu não posso falar agora. Estou trabalhando. Se me pegam com o telefone ,tô ferrada.
_ Susana, Susana... Isso não é problema meu. Você vai me escutar sua vagabunda. Eu te pago p vc vigiar o Marcos p mim. Ficar de olho e me contar tudo. Ahh Suzaninha ... Vc não está cumprindo a sua parte. O que vamos fazer a respeito em?
_ Eu tenho te contado tudo. Eu juro.
_ Não mente p mim Susana. Vc sabe o que acontece quando eu me irrito com alguém, não sabe ? Vc sabe Susana. Vc viu do q sou capaz.
_Eu te conto tudo eu juro! O q vc quer saber?
_vou te encontrar pessoalmente, e vc vai me contar. Me espere às 9 da noite no seu apartamento.
_ Eu vou te contar tudo. Por favor não me faça mau. Por favor?!
_ Calma minha flor. Não te farei nenhum mau. Vc só precisa colaborar. E vai ficar tudo bem. Fica tranquila.

Susana desligou o telefone, estava suando frio. Lavou o rosto, depois se sentou no vaso. Pensou em ir á delegacia pedir proteção.  Mas sabia que onde estivesse , não escaparia da brutalidade daquele homem. Ele já tinha matado por muito menos que isso. E ela sabia. Foi obrigada a filmar dois ,dos seus muitos assassinatos.
Susana vacilou. Sua paixão pelo Marcos e a culpa que sentia; a fizeram a ajuda-lo a seguir em frente. Prometeu contar a Patrícia que foi culpa dela aquela noite na festa. Prometeu ajudá-lo a encontrar a ruiva, a quem ele estava apaixonado. Susana não deveria ter se aproximado tanto do Marcos. Seu dever era apenas fingir amizade e contar tudo ao seu amante. Era paga p isso, muito bem paga.
Susana se levantou, lavou o rosto mais uma vez. Ao sair, esbarrou numa colega.
_ me desculpe. Não te vi. - saiu andando apressada.
_O que aconteceu Susana? Vc está chorando?
Susana não olhou para trás. Pegou seus pertences e saiu do hospital. Parou numa barraca , comprou um chip. Ligou p Patrícia.
_ Alô?!
_ Oi Patrícia, por favor não desligue. É muito importante. Preciso urgentemente falar com você.
_ Quem é?
_ É a Susana. Por favor, não desligue.
_ O que você quer Susana?
_Vc pode me encontrar no shopping o mais rápido possível? Tenho algo de extrema importância para te contar.
_ Não pode contar pelo telefone?
_ Tem que ser pessoalmente. Por favor, tem que ser olhando nos seus olhos.
_ Hum, está bem. Em 30 minutos chego no shopping.

Combinaram de se encontrar na praça de alimentação.

Como Susana deixou chegar nessa situação? Sabia com quem estava lidando. Deveria ter sido fiel a seu amante. Mas não foi. Agora ela sabe que irá morrer, não importa onde estiver; ele a achará. Ele é perverso. Sente prazer em matar. No primeiro assassinato em que foi obrigada a filmar, também foi obrigada a transar ao lado do cadáver.
Enquanto ia a caminho do shopping ,ela fez uma gravação no celular. Não mandou audio p ninguém, quem soubesse disso, e não soubesse como proceder. Estaria morto também.
Na gravação contou tudo que aconteceu, desde o começo, quando conheceu o seu amante. Depois de conversar com a Patrícia, pediria p ela ir embora da cidade como se não soubesse de nada. Sua vida estaria em jogo. E dessa vez não sobreviveria.
Assim que se despedisse da Patrícia iria entregar o telefone p polícia. Iria até a estação de metrô, e se jogaria nos trilhos. Não daria o gostinho p seu amante de mata-la.
Chegou na praça de alimentação primeiro que a Patrícia.

Um tempo depois Patrícia chega, procura por Susana. A avista num banco no canto da parede. Foi até ela. Susana estava sentada c as pernas cruzadas , as duas mãos sobre as pernas. A cabeça caída pro lado.
Ao chegar mais perto, uma poça de sangue vinha de trás do banco indo em direção aos pés de Susana. Patrícia deu um pulo para trás, e deu um grito de horror.

Susana foi assassinada com um punhal que ainda estava cravado nas suas costas. Ninguém viu nada , ninguém ouviu nada.

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