A casa do lago revelações

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Autora Eli Sousa
     Era um final de tarde comum. Em seu escritório , Manoel analisava os papéis, as gravações e o vídeo no shopping. Como tinha amigos na polícia; conseguiu acesso aos depoimentos das testemunhas e tentava organizar  em ordem cronológica.
Refez os passos de Susana desde a saída do hospital , sua passada numa banca de revistas onde comprou um novo chip. Pediu acesso às gravações de casas que tinham câmeras voltadas para rua. Em três delas Susana foi filmada andando rápido e mechendo no telefone. Nos três registros, com uma diferença de 5 a 7 minutos. Foi registrado o mesmo homem dos registros do shopping, apontado como principal suspeito da morte de Susana. Sempre de cabeça baixa , não mostrando o rosto.

Susana imaginou que trocando de chip, seu amante não conseguiria rastrea-la por um tempo. Mas não imaginou que cadastrando o mesmo e-mail no telefone, era possível saber sua localização. Já que ele tinha a senha do mesmo.    Por isso sabia onde Susana passou e onde estava.

O detetive particular , Manoel não descobriu muita coisa que pudesse levar ao assassino. Só sabia que Patrícia fazia parte desse mistério. Imaginava que Susana soubesse quem tentou mata-la. E foi morta antes de contar para Patrícia. Mas precisava de provas.
Estava também investigando os acontecimentos na festa. Conversou c algumas pessoas sobre o q elas se lembravam. Todos acharam que era uma investigação sobre Susana. Não podiam saber o q aconteceu com Patrícia. Mas não chegou a lugar nenhum. Faltava algo que estava difícil de achar.

Seu telefone tocou. Ao atender, ouviu uma voz trêmula e desesperada. Era Luan. Estava ligando do celular de alguém. Estava num hospital , estava ferido.

Dona Mariana, mãe do Luan; trabalhou de doméstica por muitos anos na casa de Manoel. De manhã Luan ia estudar. A tarde ia ficar com a mãe no trabalho. Manoel nunca se importou. Gostava da presença de Luan. As vezes, levava Luan para seu escritório e pedia para ele ajudá-lo a organizar os papéis. Luan era uma criança muito inteligente. Certa vez, Luan pegou uma pasta; era um caso ainda não solucionado.

_Foi o padastro.
_como é? -perguntou Manoel sem olhar. Estava ocupado.
_ O padastro fez isso com ela.
Manoel parou o que estava fazendo e foi ver o q Luan olhava.
_ Aqui diz que ele olhou a hora no relógio. Era 15:23. Depois disse que era 15: 25.
_ É mais ou menos a hora aproximada dos fatos. - falou Manoel.
_ Não. Não é hora aproximada. Ele olhou no relógio, ele sabia a hora exata.  É uma pequena contradição. Mas é. Foi ele.
Depois de investigações sobre o caso. Manoel conseguiu provas de que realmente fora o padastro.
Manoel gostava de Luan e sua mãe. Sempre os ajudava como podia. 
Quando dona Maria parou de trabalhar em sua casa, não teve mais contato. Até agora.

_ Luan , meu filho . O que aconteceu? Fica calmo.
_ Senhor Manoel. Tentaram me matar. Se descobrirem que estou vivo. Vão tentar novamente. Minha mãe e minha filha; elas podem estar correndo o risco de morrer.
_ Onde você está Luan. Vou ligar p polícia.
_ Não. A polícia agora não. Tira minha família de casa e leve para um local seguro. Onde ninguém saiba . Por favor senhor Manoel.
Luan chorava de desespero. Falou onde estava e disse que deu outro nome quando deu entrada no hospital. Não queria correr riscos.
Manoel pegou sua pasta de investigações e saiu. Foi na casa de Luan. Explicou a situação p dona Maria. As levou p outra cidade, na casa de um amigo que morava fora do país; ele tinha a chave.
Foi até a cidade que Luan estava. Chegou de manhã.  Procurou pelo nome falso que Luan deu. 
_Meu filho, o que houve?- perguntou Manoel.
Luan falava baixo, não queria que outros ouvissem.
_ O primo do meu patrão tentou me matar. Acredito que ele esteja envolvido com a morte daquela mulher no shopping.
Manoel ficou estarrecido. Era o caso que estava investigando e não estava chegando em lugar nenhum.
_ quem é o primo do seu patrão? E quem é o seu patrão?
Quando ouviu de Luan os nomes , tudo então fez sentido.

Um enfermeiro entrou, e disse que ia aplicar um remédio para dor. Aplicou na bolsa de soro, ia fazer efeito gradualmente. Aquele enfermeiro parecia familiar para Luan. Parecia o rapaz que ele viu na festa conversando com Marcelo. E depois arrastando Susana para os fundos da mansão. Foi quando o Marcos foi ajudá-la. Não tinha certeza. O enfermeiro virou as costas e quando ia saindo; Luan olhou para seus pés. Era o mesmo par de tênis que viu enquanto estava preso ao cinto de segurança no carro. Um tênis claro, era inconfundível.
Luan arrancou a agulha de sua veia.      Foi descoberto.
Contou tudo ao seu amigo detetive.
Agora tudo se encaixou perfeitamente.
Manoel que trazia uma pequena mala com algumas peças de roupa; deu uma calça e uma camisa para Luan. Tinha um paciente no quarto ao lado que usava um boné. Deu um dinheiro em troca do boné. Ajudou Luan a fugir do hospital. Luan mal conseguia andar. Mas conseguiu sair do hospital.
Manoel escreveu o endereço de onde a família de Luan estava. O colocou dentro de um táxi e pagou a corrida adiantado.

Manoel pegou seu gravador e começou a contar sua descoberta. Pegou os papéis e despachou tudo junto pelo correio. Era mais seguro. Colocou o endereço da oficina do Marcos.
Começou a dirigir de volta para sua casa.

Luan chegou a salvo na casa onde estava sua família. Não acreditou que estava abraçando sua filha novamente.
A morte beirou Luan por duas vezes. E apesar de ter escapado, ainda não estava seguro.

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