A Casa Do Lago Revelações

*Patrícia*
Aquela cena me deixou horrorizada. Quem fez isso com Susana? E qual o motivo? O que ela queria me contar com extrema urgência? Teria sido isso o motivo de ter sido morta? .tantas coisas me passaram pela cabeça.
Naquele dia na praça de alimentação, não tinha tantas pessoas. Dia de semana , pouco movimento. As câmeras de segurança não filmaram o acontecido. Aquele local era um ponto cego. Mas as câmeras pegaram as pessoas foram registradas pela câmera passando perto do local.

No momento em que gritei , as pessoas se aglomeraram alí. Os seguranças vieram. Alguém deu a ordem pelo rádio:
_ tranquem todas as saídas agora! Ninguém entra e ninguém sai. Até a chegada da polícia. Fiquem atentos a qualquer movimentação estranha.

Pediram para  todos se afastarem e ficarem reunidos no andar de baixo.  Não era um shopping muito grande, em todo ele, havia umas 50 pessoas ,  incluindo os funcionários. 
A polícia chegou , foi dividida em grupos. Os que fizeram uma varredura no shopping, os que pegaram a identificação e endereço de todas as pessoas que estavam ali, para depois todos irmos na delegacia dar os depoimentos.  A perícia foi analisar o local. Em seguida o corpo foi levado para o IML.
Susana não estava com nenhuma identificação, nem uma bolsa , nem um telefone.
Os policiais deram uma olhada nas câmeras de segurança, e separou as pessoas que aparecem na filmagem daquelas que não. Fizeram uma contagem das pessoas que estavam no shopping no momento do crime. E fizeram uma contagem das que estavam reunidas ali esperando ser liberadas para sair.

Nas imagens Susana passa ,em seguida um homem alto de jaqueta e boné passa também. Mais três pessoas passaram , e voltaram. 10 minutos depois o homem de jaqueta e boné, volta com uma sacola na mão. As câmeras não mostram seu rosto. Em outra câmera foi registrado quando ele saia do shopping , foi nesse momento que encontrei Susana. Foi tudo tão rápido e profissional. Que o homem desapareceu sem deixar mais pistas.
Assim que fomos liberados para sair, chamei o policial responsável em particular:
_ Eu conheço aquela mulher. Eu estava vindo me encontrar com ela. - falei baixinho p ninguém mais escutar.
O policial pediu para eu acompanha-lo até a delegacia. Lá eu contei como a conheci e o porquê estava indo encontrá-la. Disse que ela trabalhava no hospital e que namorava o Marcos.  Depois fui liberada para ir p casa.

Um mês depois o resultado da autópsia saiu. Foi injetado em Susana uma substância que em poucos minutos paralisou seu  corpo. Mas deixou consciente. Levou duas apunhaladas nas Costas. Provavelmente o assassino se sentou do lado dela e a abraçou de modo que tapace sua boca,  até a substância fazer efeito. Foi de uma naturalidade que ninguém percebeu. Quem desconfiaria de um simples abraço?  Mas um homem forte apertando uma mulher tão pequena e frágil , é capaz de imobiliza-la durante alguns segundos, sem que levasse suspeitas. Tempo suficiente da substância fazer efeito e lhe enfiar o punhal nas costas.
Precisei superar esse trauma . Já tinha os meus próprios para sofrer.

Alguns dias depois voltei a usar meu disfarce, e passei a frequentar um barzinho perto da oficina. Queria saber como o Marcos estava, afinal Susana era quem estava c ele. E não foi primeira vez que perdeu alguém de forma trágica.
Pedi um rapazinho p entregar um bilhete c o meu número. Fiquei olhando o garoto se aproximar dele. Quando o garoto apontou p mim, entrei no táxi e saí.