Destino incerto

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Já faz uns minutos desde que Joseph e o pai foram ao escritório para conversar, o degrau da escada começa a ficar desconfortável então resolvo ir até a cozinha procurar Alícia. Logo a encontro sentada na mesa redonda, pensativa.

- Alícia ... Aconteceu alguma coisa? - Digo, sentando-me logo em seguida.

- Elisa você está morando nessa casa então tenho que ser sincera com você, fique o mais longe possível que puder do Senhor Robert. - Ela diz, segurando minhas mãos logo em seguida.

- Tudo bem... mas eu posso saber o motivo?

- Ele não é um homem bom, Elisa. É ambicioso e ardiloso, faz tudo para conseguir o que quer. - Diz Alícia, com expressões preocupadas.

- Talvez eu já tenha notado isso.

- Tem mais uma coisa ... Alguns anos atrás, quando a falecida senhora Elena ainda estava grávida de Joseph, o senhor Robert Hunter passava horas discutindo com o seu pai no escritório ... Isso durou meses, até que um dia as discussões pararam. Isso aconteceu a exatos 28 anos.

- Foi o ano em que minha família perdeu tudo, dinheiro, propriedades, tudo o que nós tínhamos. - Expressões surpresas e ao mesmo tempo assustadas tomam conta de meu rosto.

- Tudo que aconteceu com a sua família, foi culpa do pai de Joseph.

Como eu poderia imaginar que o senhor Robert Hunter seria um homem tão horrivelmente perverso. O que o levou a tirar tudo que meu pai havia construído? Será que Joseph sabe dessa história? E se sabe, porque nunca me falou?




**




Entro na sala principal e vejo Joseph caminhando de um lado para o outro, esfregando a mão sobre as sobrancelhas.

- Joseph... - Digo, aproximando-me.

- Elisa ... Nós temos que conversar.

- Temos sim. - Digo, respirando profundamente.

- Eu tive uma longa conversa com meu pai... E ele crê que seja melhor você não morar mais nessa casa. - Joseph diz, segurando minhas mãos.

- Ah... e ... O que você acha disso? - Lágrimas surgem em meus olhos e logo escorrem por meu rosto.

- Eu não concordo com ele e eu prometo que farei de tudo para que você fique bem, estando ou não nessa casa. - Joseph passa a mão sobre meus ombros.

- Estando ou não nessa casa? Então é grande a possibilidade que eu vá embora. - Digo, seriamente.

- Caso a sua permanência nessa casa ponha sua vida em risco, eu mesma vou tirá-la daqui.

Apenas olho para Joseph fixamente. A partir desse instante minha vida virou uma incerteza, e eu ja percebi que Joseph deseja me proteger, mas o temor à seu pai é muito maior.
























Elisa - Vol. I Onde histórias criam vida. Descubra agora